Eu sou a culpada(?)

Eu fiz você chorar, porque precisava me esconder no seu sofrimento feito uma garota fraca. Você é transparente, eu vi toda a sua luz, e apaguei o que você tinha de bom.

Eu não sei mais o quanto te esqueci, estou achando que nunca mais chorarei em silêncio, ou ouvirei seu nome pedindo pra que eu pare esse ciclo vicioso de adeus sem motivo. Você é transparente, eu pude ver seu interior, e por mais que você tivesse estado triste comigo eu segui em frente segurando sua felicidade.

Não foi certo, ainda não é. Mas você me conhece: Sou a garota mais confusa que existe, e te amei de um jeito que não posso explicar, não sem que isso perca o sentido.

No meio da noite, na chuva fria, eu não acho que isso acontecerá de novo, nem que possamos nos encontrar e nos reconhecer, por que você não quer recordar dos nossos planos perfeitos, acho que isso não tem perdão, é verdade. Eu aprendi a chorar por dentro com você. Sem que ninguém note um reles pedaço do que sentimos em nossa alma.

Carreguei pra longe os sentimentos que cuidadosamente retirei do seu coração, não espero ser perdoada, afinal de contas eu também disse adeus.

Ei garoto, agora você é cínico, frio, mas não é isso que meu coração mostra. Sou aquela garotinha que te dissecou e tomou os únicos sentimentos que te mantinham, ou pareço mesmo com essa memória que você criou do meu adeus?

Ainda somos os mesmos, até quando você cospe uma dose de ironias pra me fazer sentir culpada, e me tornar tudo aquilo que você me definir. Dessa vez não preciso ser evitada por seu olhar, sua vida lenta, seu tempo vago.

Posso devolver as coisas que aprendi com você?

Não! Não pense que todo esse tempo passou sem me alterar ou me ferir, mas me sinto como uma eterna aprendiz da sua alma, hoje é a primeira vez que penso em me recuperar dessa escuridão que contornou sua vida, saiba que eu sempre estive atrelada a sua dor.

Isso fica entre nós, todas emoções que eu toquei, a sua alma que eu tomei pra mim. Não mantenha essa pose de garoto mau, sei dos seus maiores medos, e tenho em mim palavras que me torturam e me destroem, não importa o quão só eu esteja.

brenda
Enviado por brenda em 28/05/2008
Código do texto: T1008927
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