A realidade em que me encontro

Da dor que tenho a maior é estar só.

Só em um mundo em que não há nada

Não existe som, não existe lagrimas.

Só existe a constante sensação de vazio

Vazio em que nada consigo achar.

A dor de gritar é somente à vontade de sair de onde estou.

A culpa que tenho é o arrependimento de nunca ter arriscado.

Agora com o vazio da alma e o preenchimento do nada

Estou eu aqui a planejar o que nunca foi planejado.

O preenchimento das palavras é a certeza

De estar exprimindo do intimo a expressão

Das dores em que essas marcas estarão para o resto da existência.

O porvir que existe na esperança é o desprazer

Que estou eu aqui a viver no infinito do escuro.

Ontem, o hoje e o amanhã...

Ó que solidão...

O pranto a me atingir é como uma carga pra mais de dez...

Fecho os olhos no escuro e na escuridão dos olhos fechados

Os pesadelos são menores.

Na procura de uma saída, a perda das lembranças

É a constante saudade de um dia ter sido feliz.

Porque quem um dia é feliz e derrepente nada se mais é,

É como se tivéssemos caindo de um penhasco

E nunca conseguimos achar um fim,

Somente se cai, e se cai, e se cai...

A partida do encontro foi o abandono de meu ser.

Da terra estou desterrado! Na enfermidade de minha alma

Procuro sarar as maculas de minhas sombras através de

Meu castigo que estou hoje a sofrer.

Seguindo pela estrada da imensidão das estranhas pessoas

Que estão a viver não sei por qual motivo,

Eu só sei que de tudo o que á dentro de min

Só restou o nada.

Fernando L. Oliveira

Marcopolo
Enviado por Marcopolo em 05/06/2008
Reeditado em 28/09/2009
Código do texto: T1021266