A realidade em que me encontro
Da dor que tenho a maior é estar só.
Só em um mundo em que não há nada
Não existe som, não existe lagrimas.
Só existe a constante sensação de vazio
Vazio em que nada consigo achar.
A dor de gritar é somente à vontade de sair de onde estou.
A culpa que tenho é o arrependimento de nunca ter arriscado.
Agora com o vazio da alma e o preenchimento do nada
Estou eu aqui a planejar o que nunca foi planejado.
O preenchimento das palavras é a certeza
De estar exprimindo do intimo a expressão
Das dores em que essas marcas estarão para o resto da existência.
O porvir que existe na esperança é o desprazer
Que estou eu aqui a viver no infinito do escuro.
Ontem, o hoje e o amanhã...
Ó que solidão...
O pranto a me atingir é como uma carga pra mais de dez...
Fecho os olhos no escuro e na escuridão dos olhos fechados
Os pesadelos são menores.
Na procura de uma saída, a perda das lembranças
É a constante saudade de um dia ter sido feliz.
Porque quem um dia é feliz e derrepente nada se mais é,
É como se tivéssemos caindo de um penhasco
E nunca conseguimos achar um fim,
Somente se cai, e se cai, e se cai...
A partida do encontro foi o abandono de meu ser.
Da terra estou desterrado! Na enfermidade de minha alma
Procuro sarar as maculas de minhas sombras através de
Meu castigo que estou hoje a sofrer.
Seguindo pela estrada da imensidão das estranhas pessoas
Que estão a viver não sei por qual motivo,
Eu só sei que de tudo o que á dentro de min
Só restou o nada.
Fernando L. Oliveira