Aprendi... longe de ti.

Tão longe de ti... não podia ao menos ver-te à distância... a vida negou-me até tuas poucas palavras.

O tempo passou...passou.. passou... já não lembrava mais o gosto de teu beijo, mas jamais esqueci que você me beijou. Já não lembrava mais da cor te teus olhos, mas jamais esqueci que eles desnudaram minha alma. Já não lembrava mais do calor de teu abraço, mas jamais esqueci que você abraçou-me, em tão necessárias horas. Já não lembrava mais do som de tua gargalhada, mas jamais esqueci que sorriste pra mim em minha tristeza. Já não lembrava mais do toque de tua mão, mas jamais esqueci que ela acariciou meu rosto. Já não lembrava mais de teu rosto, mas jamais esqueci que era um rosto amado...

Aprendi assim, em tua distância, que o esquecimento não compactua com o amor. Percebi, longe de teus passos, que o caminho é sempre o mesmo, perto, longe; juntos, a sós...

Não via-te, mas sentia-te... não tinha-te, mas amava-te... não tocava-te, mas sonhava-te...

Aprendi,assim, em tua distância, uma grande verdade que já disse um sábio ser... “sempre fica um pouco de perfume nas mãos daqueles que oferecem rosas” e o perfume da rosa te teu ser ficou em minha alma, numa constante fragrância a falar-me de um amor sem fim...

O amor que te ofereço, nunca precisou contemplar-te para se doar, tanto que quando te vi, após tantos anos de separação, tive a nítida impressão que fui eu quem comprou tua roupa e que teu sorriso sorria em minha boca...

Deise Caroline Nunes
Enviado por Deise Caroline Nunes em 18/06/2008
Reeditado em 20/06/2008
Código do texto: T1039692
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