AO MEU ALGOZ

Parado em frente ao lago la esta ele, fitando a agua inerte em seus

pensamentos sombrios.

A agua esta congelante posso senti-la enquanto caminho em direçao

ao fim.

Meus pensamentos sao confusos, a dor me torna insana e continuou

caminhando em direçao ao fundo do lago.

Meu algoz nao expressa nenhuma palavra, meu sofrimento parece lhe

alimentar os mais sadicos desejos.

Sinto a agua invadir minha boca ja nao mais penso e a agua começa a

me sugar para suas profundezas.

Mais alguns instantes e agua me sufoca, sinto a agonia da morte, sin-

to meus pulmoes se encherem de agua numa dor latente.

Me entrego sem lutar contra o desespero de sentir a agua me afogar,

nada mais faz sentido me deixo absorver diante da agonia da vida.

De repente ja nao mais sinto o desespero de vida tao profana e o

silencio do lago me deixa em paz.

Enfim me liberto da tirania do meu algoz.

Meu algoz acende um cigarro de palha observa o corpo que jaz sem

vida, nao a piedade em seus olhos.

Vago sem direçao a alma atormetada, sentimentos desconexos e

nao encontro a luz nem os anjos.

Tudo e escuridao e abandono, me vejo presa ao lago ao mesmo

tempo que caminho a esmo.

Sinto a podridao do corpo como se me rasgasse a alma, nada posso

fazer.

Pereço diante do horror em saber que a vida me escapou pelos

vaos dos dedos.

CAMOMILLA HASSAN

CAMOMILLA HASSAN
Enviado por CAMOMILLA HASSAN em 30/06/2008
Reeditado em 30/06/2008
Código do texto: T1058317
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