Como uma estrelinha nova inaugurando o céu.

Maceió, 15 de julho de 2008.

Meu cavalheiro!

Assim, os dias passaram tão céleres que me é impossível dizer que a saudade fanou-se.

Não, desde que vieste a saudade começou a bater na porta do meu coração e dizer baixinho: Ah! já se vai o meu filhinho.

Entretanto, fui capaz de reconhecer no seu rosto o amadurecimento feito a duríssimas penas e agruras indizíveis. Fui capaz de ver nos teus olhos uma nova luz que, se ainda não te guia, mas se esforça para brilhar, como uma estrelinha nova inaugurando o céu.

Saudades de teu sorriso encantador e das tuas palavras consoladoras, teu abraço amigo!

Obrigado, meu cavalheiro, pela companhia memorável das idéias, o auxílio luxuoso da tua presença e a tua presença mesma, que é a de um filho querido, que retorna de tempos em tempos para rever a casa que é dele, os corações que são de sua propriedade e direito.

Amo-te, meu cavalheiro, jamais esqueça disso e da promessa que te pedi:

Toma a minha mão na senilidade e decifra o que esse meu dialeto antigo quer dizer.

A Bruxa

PS: Perdoa-me sempre os pedidos abusivos, prometo deles não fazer uso, a menos que meu coração esteja partido.