a alguém

Niterói, de setembro de 2005.

.....,

Antes de começar gostaria que perdoasse a formalidade. Perdão também por não estar te dizendo tudo o que quero te dizer pessoalmente.

Escrevo por duas razões as quais acredito serem bastante simples. A primeira é que desse modo a vermelhidão que se aproxima sempre que a graça me foge não me atrapalhará no que desejo te dizer. E a segunda é que me expresso muito melhor através de palavras escritas do que através de palavras ditas.

Admito que a probabilidade de estar fazendo um papel de tolo sonhador é muito grande, mas mesmo assim foi escolha minha te remeter essa carta, pois cansei de esperar que um raio me atingisse a vida e a impulsionasse adiante. Escrevo pois essas orações sinceras do que sinto por você, mesmo sabendo que seria quase que impossível um retorno positivo por parte de tão bela paisagem que é você, a esses meus sentimentos.

Gosto de você. Mesmo. A algum tempo me encontro quieto a meditar, a refletir, a visualizar a beleza que você emana de tão delicado rosto.

Por favor, não ria de mim, pois essas palavras são verdadeiras.

Entendo se achar que fui um tanto convencido de supor que por qualquer razão me retornaria essa carta do modo como a desejo ler. Mas mesmo assim peço que a retorne, seja qual for a sua resposta.

Peço novamente desculpas pelo modo como disse o que disse, mas por favor me entenda...

Não diga isso a ninguém que não confie, e se disser não diga a muitas pessoas, já que a vergonha me tomaria a face.

Um obrigado de alguém que te admira,

Pedro Batalha.

Pedro Batalha
Enviado por Pedro Batalha em 06/02/2006
Reeditado em 06/02/2006
Código do texto: T108492