Da poeta utópica ao poeta maldito

Como vou agradecer-te o presente que me destes? Despistes minha alma somente ao fitar meus olhos e conversarmos algumas poucas horas. Um tempo muito pequeno, mas não para que duas almas poetas se amem.

O que posso dizer de ti meu amigo? Desvendaste os meus mais íntimos segredos que talvez nem se eu quisesse saberia falar em palavras tão doces e precisas. Quando li tua carta, precisei de fôlego até escrever esta. Chorei a cada linha e a guardei como um grande tesouro. Se pensas que sou princesa do reino dos poetas, te digo que estou mais para uma pirata que conseguiu roubar-te o ouro de tua prosa poética.

Não há mais sensível que tu, nem linhas mais belas...Agora entendo o porquê do seu pseudônimo ser maldito. Carregas tus palavras com uma magia, capaz de ferir o coração. Agora nos resta a saudade do olhar, mas a certeza da continuidade da nossa sina de encher esse mundo de poesia e amor.

Te deixo minha alma, já que você roubou meus segredos.

Fico feliz por abrir-te os olhos para ver a realidade como um sonho.

Da otimista do utópico que crê tanto no improvável e nos sonhos que moram no recôndido da alma humana.

Brenda Marques Pena
Enviado por Brenda Marques Pena em 09/02/2006
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