A um poeta recantista

Caro:

Tu, amigo, dizes deixá-la segurar tuas mãos, mas não mais o coração, pois precisas ter domínio de seus descompassos.

Como és sábio! Eu parecendo uma menina, que entrega corpo, alma e coração a quem ama, sem maliciar que é o ladrão e que vai fazer muita falta meu coração. Toma tempo demais colar os pedaços e nunca será o mesmo.

A poesia que vem desse padecer compensa. Mas sangra e ainda não estou plenamente senhora de fazer minhas próprias ataduras. Tua poesia me anima a ser de novo uma aprendiz.

Ass.: Sônia (Alma)

Sônia Casalotti
Enviado por Sônia Casalotti em 24/08/2008
Reeditado em 04/10/2008
Código do texto: T1143859