PRECISO SER PERDOADA

Quando senti suas maos me tocarem o ombro me virei com os

olhos marejados de lagrimas.

Temi sua reaçao e abaixei a cabeça para que meus olhos nao

o confrontassem.

Mas nao havia ira em seu ato, ele se abaixou me forçando a

olha-lo nos olhos.

O fiz tremula e minha angustia se expressou num pranto entre

soluços ele me fitou silencioso e observador.

Nao havia palavras as quais eu poderia expressar que traduzissem

o que sentia.

Ja nao fazia sentido me explicar diante do que ele testemunhara.

Ele possuia o livre arbitrio de crer em suas proprias conclusoes

independente destas serem verdadeiras.

Foi com pesar que o vi arrumar as malas e descer as escadas em

direçao a rua.

Fiquei parada tentando encontrar dentro de mim alguma explica-

çao que justificasse meu ato.

Mas meus pensamentos confusos nao me traziam alguma palavra

de acalento.

Nao havia nada a dizer e num lapso de desespero corri em sua di-

reçao me jogando aos seus pes.

Ele me olhou e uma sombra de desapontamento surgiu em seu

olhar, que me feriu como uma navalha atravessando meu coraçao.

Talvez se ele tivesse me batido, me feito sangrar a dor jamais se

compararia ao que senti na minha alma em ve-lo partir.

Tolas ilusoes que me vendaram os olhos, se eu enxergasse a ple-

nitude do sentimento existente jamais terido me deixado ser leva-

da.

Se houvesse um tempo para retroceder certamente eu nao falha-

ria.

E se neste momento eu pudesse consertar as coisas do meu cora-

çao sairia o pedido sincero de perdao.

Agasalharia-me em seu amor sem jamais duvidar do seu valor.

CAMOMILLA HASSAN

CAMOMILLA HASSAN
Enviado por CAMOMILLA HASSAN em 02/09/2008
Reeditado em 02/09/2008
Código do texto: T1158150
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