É pra ti mesmo as minhas desculpas

Caso tenhas paciência pra ler até o final, vais saber por quê.

Sinceramente, Eu não sei por que escrevo. Se soubesse, talvez não escreveria. Entendo apenas que de quando em quando me vem uma vontade súbita e irresistível de pôr no papel tudo o que sinto. Apesar de que nem sempre sinto tudo o que ponho no papel. E sempre vejo que o que acaba saindo no final não tem nada a ver com o que eu havia imaginado no começo. Então, esse já é o meu primeiro pedido de desculpas.

Não sei se sou Eu ou o papel; talvez seja o lápis. Se soubesse, talvez não escreveria. Mas tudo o que coloco aqui, não é premeditado. Vai fluindo e vou pintando com minha letra cada espaço, cada linha. Até porque o que Eu realmente pensei, perdeu-se e/ou se escondeu na minha mente. E lá ficará. Até quando Eu não sei. Apenas garanto que o que ficou na minha imaginação é muito melhor do que isso aqui que estás lendo agora. Mas não fiz por querer. Desculpa.

Eu realmente queria saber. Se soubesse, talvez não escreveria. Já que tudo o que te mostro já fora escrito antes por alguém. As mesmas palavras, os mesmos assuntos. É impressão minha ou apenas Eu falo sobre as mesmas coisas? E repetindo as palavras! Até me envergonho, porque se tivesse algum jeito de produzir textos diferentes sobre diferentes assuntos, Eu o faria; o Reginaldo faria; o Marcelo faria; e quem sabe até a Betty faria. Mas, como ainda não sabemos a fórmula, só o que posso fazer é novamente pedir desculpas. Então lá vai: Desculpa!

É egoísmo querer saber por quê? Se soubesse, talvez não escreveria. Porque Eu sei o quanto meus textos são maçantes; com palavras rebuscadas e de um lingüajar que por mais que Eu tente simplificar e/ou popularizar, lá vem, sem querer, o rebuscamento. Não faço isso a fim de querer parecer mais inteligente do que ninguém. Mas não concordas que falar “pra” como coloquei no título é horrível? Fora essas digressões. Então, minhas sinceras desculpas.

Por quê? Se soubesse, talvez não escreveria. Contudo, já reconheço que muitas das vezes meus títulos pouco e/ou nada tem a ver com meus textos em si. Quem sabe assim Eu não caia em si (mim) e pare de escrever. Até porque ninguém é obrigado a aturar tudo isso. De pouca valia eles são; quase nada. Infelizmente, para quem chegou até aqui, pode perceber, caso queira: Eu falei de nada sobre nada, indo para o nada, partindo e voltando para o mesmo nada. Não sei se isso é tudo. Ainda está fluindo. Desculpa.

Quê? Se soubesse, talvez não escreveria. Porque sei que estás te fazendo esta pergunta: “Que texto mais sem noção é esse?” (ainda estou utilizando de eufemismo). Nem Eu sei. Só sei que li certa vez, não sei onde que “O homem escreve para matar a morte”. Então, se realmente for por isso, desculpa por tomar todo esse teu tempo. Menos alguns minutos na tua vida e mais alguns minutos na minha tentativa frustrada de querer essa tal eternidade.

Não sei se realmente é isso. Se soubesse...

Ah vai, desculpa!

Delano Almeida
Enviado por Delano Almeida em 03/09/2008
Reeditado em 03/09/2008
Código do texto: T1159181