A ordem agora é lucrar

Comentário futurista. 2060, o ano em que a Terra não suportou.

Como dizia os mais pessimistas: “... chegamos onde queríamos chegar, de um extremo a outro, enfim poderemos ver de camarote a destruição do planeta.” O poder econômico cresceu, os salários aumentaram, as classes pobres até tiveram seus dias de luxo, mas pra quê tanto apego a posse se cada gota de água vale mais que petróleo? Agora as máquinas que carecem de combustível são os humanos.

Hoje até para falar temos tecnologia, mas de que adiantam tantos chips, computação, teletransporte se não temos matéria prima sequer para nossa sobrevivência? Talvez consigam uma forma de alimentação através de CO2, que, aliás, é a única coisa que encontramos para respirar no momento. Durante esses últimos cinqüenta anos eu e toda a população mundial só tivemos a atitude de ganhar e talvez assim ficarmos ricos, tudo isso nos fez esquecer de que após essa fatalidade em que estamos vivendo, não haveria lugar aonde gastar tanto dinheiro e que talvez tivéssemos que comer o próprio ouro para continuar a existir. Sim, chegamos ao limite e de agora em diante só sobrevive aquele que destrói, mata e rouba, mas algumas pessoas ainda esperam a volta de Jesus e essa é a única forma de fechar os olhos para o que está acontecendo ao redor e ter um pouquinho de fé, reanimando o que resta; um fiapo de esperança.

Eu já não agüento mais e só espero que essa carta que mandei para você aí no passado, tenha um pouco de seriedade e que os leitores consigam enxergar a importância da preservação e de que antes do patrimônio e domínio vem a própria vida.

Humberto Viana.