CARTA A IMPRENSA ( CASO MARIANE)

CARTA A IMPRENSA ( CASO MARIANE)

William Pereira da Silva

Como educador estou indignado com uma situação criada por um professor e pela direção da Escola Estadual Dix-Sept Rosado.

Os fatos.

Tenho uma filha de dezesseis anos de idade que engravidou precocemente no ano passado tendo hoje sua filha sete meses de vida, ela ainda amamenta a criança. No dia três de março realizaram um parto de cesariana. Minha filha entrou de licença gestante por cento e vinte dias. Na época matriculada na Escola Estadual Professor Abel Freire Coelho. Impossibiltada de deslocar-se até a Escola citada solicitou matrícula na Escola Estadual Dix-sept Rosado na avenida Alberto Maranhão, S/N, Bairro Bom Jardim, telefone 3321-7076 que tem como diretora Srª Raimunda Cavalcanti da Silva Ramalho, matricula 275360/1 no que foi prontamente atendida.

Mesmo com dificuldades enfrentada por minha filha Mariane Louise, tanto pela idade e ter de assumir uma gravidez inesperada, sendo menor de idade sob nossa tutela, numa fase crítica de sua vida como adolecente, faz um esforço enorme para se manter estudando e cuidar dignamente de sua filha amamento-a quando exigida para tal ato sublime, suportando a carga da responsabilidade de ser mãe aos quinze anos de idade. Cheguei a pedir a ela que desistisse por este ano de estudar, mas a mesma junto com a mãe ficaram firme e forte no proposito dela não perder o ano mostrando perseverança e determinação não aceitando minha solicitação.

Indo as aulas com dificuldades, muitas vezes o bebê ficava chorando quando ela saia para escola e tiver de buscá-la para amamentar a menina. Ainda consultas e mais consultas com a criança e ela para tratamento de saúde.

Diante do exposto da para perceber que Mariane não poderia ser totalmente eficiente na sua empreitada estudantil precisando do apoio dos pais e familiares ajudando-a a criar sua filha de sete meses e toda escola no turno noturno sabia e sabe da sua condição que evidentemente teria que falhar uns dias na escola, mas sempre esforçando-se para acompanhar as atividades dentro das suas possibilidades, disso sou testemunha junto com a família.

O professor de geografia o Sr. José Claudio de Farias, matricula 1261568/1 desde o primeiro contato com minha filha que dificulta a colocação da primeira nota do primeiro bimestre alegando que minha filha não tem direito a esta nota porque no periodo das avaliações a mesma estava matriculada no Abel Coelho, escola que passou matriculada somente duas semanas e numa articulação pessoal atribuiu uma nota 3,5 para o primeiro bimestre fazendo uma divisão de trabalhos que só quem entende é ele. Sempre alega que ela não é um aluna assidua insinuando incompetência da parte dela e afirma que não terá a nota do primeiro bimestre e até agora ninguem sabe sua média nos tres bimestre. Por último atribuiu outra nota de valor 6,0 a Mariane sendo que as pessoas que tiraram nota inferior teriam direito a uma recuperação negando o direito dela fazer essa recuperação. Quem tirou 6,0 tem de ficar com 6,0, quem tirou 4,5 pode recuperar e ficar com 8,0 - 9,0 ou 10,0, mas ela tem de ficar com 6,0.Tenho uma grande suspeita de uma grande má fé desse professor, de alguns membros da escola e da direção também. O motivo não sei. Minha filha esta sendo prejudicada e foi constragida por três vezes por este professor. Peço paciência a Deus para agir dentro da lei e da justiça.Sei que minha filha está acobertada por lei, não deve favor a ninguém, é obrigação da escola ampará-la, facilitando sua vida de adolescente e mãe que amamenta, dando condições para ela diminuir suas dificuldades e o que acontece é o contrário. O curioso que é somente este professor, porquê os outros não impuseram dificuldades a ela? Porquê a diretora num momento aceitou minha filha e agora quer impor dificuldades? Tenho minhas suspeitas. Vou investigar. Há algo podre no ar, igual a fumaça de cigarro.

Irei procurar o ministério publico para ver os direitos da milnha filha. Primeiro ao conselho tutelar, depois as assitentes sociais e em seguida a promotoria de defesa da criança e do adolescente para juntos em reunião saber o porquê de tantas dificuldades para minha filha.

Infezlimente tem professores que faz da nota avaliativa um meio de impor sua incompetência de educador. Educar é cativar, tornar prazeiroso o ato de estudar, ser humilde, fraterno, simples, dedicado, amigo, companheiro, sociável, amável, tratar com zelo esses jovens que vêem tanta inustiça e bandidagens.

Viva Paulo Freire que já cansou de citar que AS PESSOAS SE EDUCAM EM COMUNHÃO, NÃO É SÓ O PROFESSOR QUE SABE, ELE NÃO É O DONO DO SABER.

Encerro esclarecendo a todos que sou professor há vinte e seis anos e ando indignado com o que vejo dentro da educação, É UMA LÁSTIMA.

PROFESSOR WILLIAM PEREIRA DA SILVA
Enviado por PROFESSOR WILLIAM PEREIRA DA SILVA em 31/10/2008
Reeditado em 01/11/2008
Código do texto: T1257746