Carta Para Sophia de Lá Boétie

Saturno, 21 de dezembro de 2008.

Querida Sophia,

Quanto tempo que não tenho o prazer de ler os tão frondosos versos seus que tanto me estimavam ao coração velho e magoado. O tempo passou, os anéis de Saturno mudaram, mais seus versos, aqueles versos tão profundos e pessoais, me deixaram um doce sabor de saudade na boca. Queria pode não senti-lo novamente, apenas queria.

Rememorei versos alegres e catalizadores de sua beleza única de nobreza soberana que só vós, pequena possuí. Em policeia de encantamentos, disseram-me que agora ensinas aos brutos a arte dos versos? Muito me encanta, minha flor de lotus, a sua tão boa vontade de ainda querer.

Sabe que certa tarde calorosa de outono, aqui em Saturno, me pus a relembrar o tão belo baile que sua beleza envolveu a todos e os momentos puros que viveu. Tão doce poetisa e suas vidas passadas aqui foram expostas. As melodias que tomaram conta de seu corpo e de sua essência feminina, resplandecem a volupia de sua razão humanística de ser alguem tão especial.

Sinto sua falta, Princesa Sophia, este reino não é mais o mesmo sem você. Sua presença nele denotava sempre um brilho intenso e puro, suas letras traziam alegrias e verdades de uma forma doce e essêncialmente humana. Fica minha saudades, Princesa.

Um dia apareca neste reino para nos brindar com a sua existência ainda necessária a este mundo. E mande lembranças paras as Andorinhas Cegas. Espero que elas ainda continue lhe guiando.

Descance em Paz, minha querida.

Descance...

Ass: saamy

* Obs: Sophia, foi o eu interior da escritora saamy. Mais pelos prestimos da vida Sophia morreu a meses atras. Mas ainda sobrevive nas entranhas e nos pensamentos daqueles que um dia resolveram ter a audácia de amá-la.