Tire-me daqui...

Eu, que antes era absorvido pelo intenso amor que brilhava em meus olhos no esplendor da vida pulsante, da vida que não pára, só se vive, hoje, vivo só. Vivo eternamente aprisionado pela solidão onde apenas familiares e poucos conhecidos acalentam meu silêncio, não posso ser assim, preciso de um amor, mesmo que seja pequeno, amor de perder a hora, de ser sincero quando quer, de correr na chuva, de prostar-me nu, da dimensão do sonhar, quero um amor.

Quero ser levado pelo ‘’sentir’’, pelo falar, pelas coisas bobas, daquelas coisinhas irritantes, oh! Quanto eu preciso. Quero me alienar nos meus cadernos de anotações, não quero mais as canetas, não quero passar pelo rio do silêncio mutuo, quero ser outro, quero que meus livros abandonem meus pensamentos,QUERO ENTREGAR-ME À IGNORÂNCIA. O seu nome é desconhecido, sonho com seus braços, nunca vi seu rosto, mas ter reconheço no meio dos outros, sei quem és, você é minha, eu sou seu, meus olhos já não vêem o brilho do sol como antes, a lua é mais amiga, a lua é mais triste, sem você com quem poderei falar? Com quem posso contar? Revelar meus segredos.

Capitão Lemmon
Enviado por Capitão Lemmon em 11/04/2006
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