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Mensagem virtual

Talvez minhas mensagens sejam muito formais dando a impressão de que sou esquiva. A verdade é que insisto em dizer que antes de qualquer contato pessoal é impossível as pessoas interagirem de forma espontânea a ponto de exporem suas afetividades e desejos. Acho isto complicado.

Eu por natureza e por origem, sou uma pessoa de mente aberta, espontânea, apaixonada sempre, afetuosa, carinhosa, vejo e sinto o amor como expressão maior de sentimento mesmo o amor físico, etc. Mas se não sei se o outro será o meu escolhido, como demonstrar a ele estas características a não ser em forma de amizade e platonicamente?

Sabe, vou lhe dizer com sinceridade. Se há empatia entre o meu escolhido e eu, nada me segura, porque sou uma mulher extremamente romântica e carinhosa. Vejo a relação amorosa como o ponto culminante e maior para o qual o homem (espécie) foi criado. A vida vale por isto. Então não perco tempo quando estou apaixonada e me entrego totalmente a esta paixão. Sempre com responsabilidade principalmente afetiva. Jamais esqueço que somos seres humanos, com alma, sentimento e tudo mais.

Você insinua que eu possa ter alguém. Não, não tenho ninguém na minha vida. Estou vivendo um momento de solidão amorosa profunda. E questiono isso sempre. Por que? Encontro razões inúmeras: homens por demais materialistas, homens orgulhosos e que se julgam superiores, homens descuidados (mal vestidos e com falta de higiene), homens insensíveis, homens dispersos, homens mal educados, homens simplórios, homens vulgares, homens debochados e etc, etc, etc. Talvez eu esteja sendo muito rigorosa na minha escolha, pode ser. Mas infelizmente não abro mão de higiene, cuidado pessoal, inteligência, boa postura, educação, sensibilidade, bom caráter. Tenho absoluta consciência de que não sou uma mulher jovem, de que minha idade se reflete no meu corpo físico, portanto não tenho mais os encantos da juventude. Mas preservo uma jovialidade interior, uma inteligência apurada, uma educação, uma sensibilidade, um romantismo que me dá o direito de escolher aquele que mais se aproxima disso. Não quero homem jovem, não quero homem rico, sabe tudo, professor, nada disso. Quero um homem que se assemelhe ao que sou. Nada mais. Tá difícil? Tá. Oh! se tá. Talvez eu nem consiga encontrar mais este homem porque não tenho mais idade para uma busca tão demorada. Paciência. Sigo só. É o destino? Quem sabe?

Eu também me pergunto, como os homens me vêem? Será que demonstro as boas qualidade que tenho? Será que só os meus defeitos estão visíveis? Será que eu me enxergo mais do que realmente sou? Onde está o meu erro maior? Com estas perguntas eu vou tentando entender o que se passa.

Estou aberta ao diálogo, ao entendimento. Abro mão de ser a dona da verdade. Quero consenso, acordo, negociação.

Mas que estou cansada dessa procura, isso lá eu estou. Muitas vezes me pego desanimada, deprimida. Para em momentos seguintes me apurar e retornar a esperança.

Uau! quanta conversa. Desculpe o desabafo. É a primeira vez que o faço com alguém. Sempre guardei tudo isto só dentro de mim.

É isso. Cada dia a gente se revela um pouco mais.

Nerah
Enviado por Nerah em 27/01/2009
Reeditado em 28/01/2009
Código do texto: T1407330
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