Carta ao Beijo Roubado... 
 
Lembro o beijo roubado... Curtido, transportar no tempo compactuando uma oportunidade a vida nos propiciar.
 
De tanto vacilar aos arroubos de amar, porque abandonar... Sei lá... Intimidade. Enamorado a vagar tímida permissividade aos protagonistas de cada ato no teatro da vida.
 
Vivo no sempre o prazer arrebatado daquela hora... Fundindo realidade, idade onde a imaturidade nega provar. Ingenuidade de quem nada sabe e só a vida vai ensinar.
 
Não permitiríamos a nossa ambigüidade, vaidade do amor ao egoísmo exclusividade. Momento empecilho a instabilidade que namora a soberba da cultura dos povos na incessão dos manipulados conceitos de cada sociedade com seus enigmas e dogmas.  
 
Sofrer em dor o pudor de não usar sentimentos, ao só ter experimentado, sem ser mais atirado, embora aturdido, jamais precipitado. Falta de um empurrão ou puxão de orelhas (RsRsRs). Mínimo e aconchegante sabor ao toque dos corpos. 
 
De quem tem duas flores, ternura de raras rosas, uma escolha a trilhar, um brilho peculiar e dois olhares, sem direito a errar ao estrear na escolha da película: Amor da Vida. Com se fosse possível essa capacidade de discernimento aos laboriosos hormônios da juventude no ápice de suas plenitudes.
 
Mas... Enfim, uma rosa a murchar e junto tanto amar... Outra a mergulhar, na mais bela história de amor a cantar. Quem canta a todos encanta, principalmente a Deus.
 
Só um coração em cada volátil dimensão pode ser amado na condição eternidade. Improbidade da criação? Claro que não. Racionalidade ao instintivo poder de conquistas e posses enraizadas em nós ditos humanos. É lógico que buscamos a melhoria em nossa insana labuta.
 
Quando a um só tempo nascemos proibidos a vibração, em qual era não consegui imaginar? Como não magoar? Freqüências da esfera que não harmonizou nossas necessidades a aglutinar.
 
E tanta vida pra pensar, não vou mais chorar... Lamentar! Escolha o namorar, dúvidas ao cortejar... Anseios a privar, mas muito tem que se provar.
Formas tímidas a dissipar... Dificuldades ao meu aceitar... E assim continuar para a evolução nos ensinar como em tais situações lidar. Difícil são as provações.
 
E quem sou eu para determinar e muito menos contestar? Mas um sussurro inexplicável, em tempo e a todo tempo resgatou as lembranças e narrou de forma a explicitar meu vulnerável entendimento ao luminoso memorável.
 
A materializar em escritos as abstrações do que teria sido o curso de duas vidas, que em verdade são três... Reflexão inimaginável.
 
Inenarrável? Quase. Obrigado Sussurro. Ufa! Será que consegui?


Julio Sergio
Recife-PE.
(29.01.09)