LONGE DE MIM

               Você telefona. Está longe. Não volta esse final de semana e nem a semana que vem. O que vou fazer desse amor que me consome, até lá?  Como suportar a falta do abraço, a cama vazia, o não ter com quem falar ao fim do dia? 
             Ah, essa coisa de gostar e não saber como fazer parar o amor, sem que doa, sem que se sinta falta. Se pelo menos a gente tivesse um botãozinho de desligar, eu o colocaria em off e diria: fique quietinho, só volte a funcionar daqui a 15 dias.
               Mas a vida não é assim. O coração vai ficar apertado, a cama continuará vazia, os carinhos ficarão guardados, à sua espera.
               Contarei os minutos e sairei trombando nos móveis a cada toque do telefone. Te mandarei emails de paixão, bem do jeito que você gosta.
               Farei poesias de saudade como ninguem. Até que volte,  terei muitas coisas para contar: o trabalho que começou, os móveis do nosso escritório que chegaram e que eu arrumei tudo como a gente havia pensado. Tem muita coisa para acontecer até lá e eu vou te encher de novidades.
               Por hoje, fico aqui. Eu e minha saudade...