Amiga,
minha vontade não é de andar exatamente, mas uma provocação a minha falta de vontade. Talvez um deslocamento pelo espaço já seria algo, ainda que entre cadeiras, o que não vem ocorrendo, tenho cultivado a preguiça de forma pecaminosamente doce.
Quanto ao carnaval, apesar do respeito que sinto por todos aqueles sonhos, passo por ele apenas constatando uma data inesquecível, foi por causa de um deles que me multipliquei em raízes que se multiplicam em flores até o momento.
O tal milionário não chamou minha atenção, mas parece que atraiu muito interesse. Só queria ver se o Coringa ganharia aquele prêmio, apesar de ter horror a filmes do Batman, eles me assustavam quando criança, aquele ator, o que atuou como o Coringa, fez algo muito bom; mudou o título real do filme e passou a ser o verdadeiro ator principal.
Não consigo entender o que é imutável, não há espaço em mim no momento para compartimentos. Agora estou em luto, um merecido luto do qual venho tentando escapar há anos porque também precisei me agigantar.
Tenho total consciência que para crescer, precisei diminuir espaços em frações milimétricas; me encolhi até o vendaval diminuir, mas o temporal continua a despeito de tudo, não é irônico?
Amiga, não coloquei nenhum leite para esquentar e nem pretendo fazê-lo, mas acredite, alguém, ou alguma coisa o coloca no fogo.
No caso recente, o desenho não é genial, é incompreensivelmente assustador, exatamente pela pitada de coincidência, se é que elas existem.
Sei que a decisão tomada foi a acertada, minha existência prossegue rumo ao que não ouso mais imaginar.
Tenho observado minha primeira tela... São os morros daí, não subi e nem desci.
O que vem me intrigando é o fato que você deveria estar em outro lugar, ou não?
Março vem chegando, estou preocupada com a neve que certamente deverá cair, ridículo?
Que nada! O mundo vive acabando, desde que começou.
Beijos.