Amado - só assim posso chamar-lhe;

Coragem faltou-me para dizer-lhe o que escrevo agora. Temi que houvesse fraqueza em mim, sabemos - sim - que seu sorriso possui tal efeito... Não queria deixar seu sabor enlouquecer-me novamente. Impossível falar frente a sua face, cara a cara não sei mentir, e não sei se o que lavro é exatamente verdade... sei o que vi... Vi-o, não há como negar. Bem que dizem :"o que os olhos não vêem o coração não sente." Mas isto falso é. Pois sentia muito antes de ver, apenas continuei fingindo, como finjo nesta ao dizer que não o amo. Ai meu Deus como desejei este olhos arrancar! Porque o anseio pede que o mate, e ao fazê-lo sei que não resistiria... Não há culpados neste final. Caso alguém, tenha que condenar eis que minhas córneas julgarei, e como cúmplice meu tolo amor por você. Há desiludidos no término. Uma carta manchada. Um amor inacabado. E a lembrança inerte do que vi. Não me queira mal... Não me queira bem... Não me queira!

Sem Mais delongas..
Adeus minha doce decepção.

P.S. Se desejar deste amor continuar, peça para renascer.
Pois da minha próxima vinda à terra, nascerei cega para não mais sofrer.
Karla Hack dos Santos
Enviado por Karla Hack dos Santos em 13/03/2009
Reeditado em 11/02/2011
Código do texto: T1484803
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