JESUS CONTINUA NA CRUZ

Exarar esse instante de prece, viver a paixão do cristo, extenuar o argumento do amor, aferir a verdade do homem, delimitar as inconseqüências praticadas na convivência das sociedades é: Dizer ao mundo com toda loucura: Jesus continua pregado a cruz.

Os pregadores de todas as religiosidades tornaram-se semeadores de milagres, fraseando os ensinamentos dos evangelhos, julgando as ações humanas, enriquecendo com fantasias os templos, juntando bens materiais em nome da fé, do amor.

A exultação extravasa corações, a enunciação das vitórias ressoa no mundo do egoísmo, as luxurias emana nas noticias televisadas, a dor invade os corações num desplante sem justificativas.

A igualdade descrita nos livros sagrados é esquecida, o amor à vida deixou de ser vivida, as angustias são apoditica filosóficas para colocar a humanidade em guarda contra tudo e todos.

Cristo pregou amor sem esperar nada, espalhou luz na escuridão dos leigos, semeou humildade nas aldeias dos famintos, curou cegos, paralíticos, alimentou multidões, era rico de tudo, pobre de bens, sábio nos ensinamentos da solidariedade humana.

Os homens não entenderam seu jeito simples de ensinar os segredos do amor, prova disso, foi à caça implacável aos seus adeptos, o julgamento precipitado da sua palavra, a condenação injusta consumada com sua crucificação.

Hoje, os pregadores seguem com as mesmas artimanhas, pregam paz, surgem às guerras, semea esperança, espalha dores, fala de vida, constrói armas atômicas, conclama solidariedade, semeia violência, comunga saúde, esquece os doentes, proclama justiça, mais os homens continuam matando-se uns aos outros, menciona educação como base para transformação do mundo, porem, a proliferação dos presídios são destaque na imprensa.

A paixão do cristo redivivo permanece nos seus ensinamentos, nos milagres descritos das escrituras, nos lares humildes, nas praças lotadas de mendigos, nas casas de idosos infestados de velhinhos abandonados, na sensibilidade das crianças de colo, no grito dos esquecidos nos hospitais.

O amor é a luz deixada pelo filho de Deus para transformação do homem, no entanto, essa luz é ofuscada pelo desejo humano de manter-lo na cruz.