O mar em mim

Sempre amei o mar, mistério e liberdade, amor que não aprisiona, que rouba, mas devolve, segurança de quem fica, entrega total de quem vai...

Coragem sem nome, medo sem tamanho, busca por paz, inconstante mas sedutor...Meu mar é confuso, sim, mas qual não é?

Hoje ele deságua manso e consciente, gotas límpidas sem revolta, sonhos molhados...

Agora este mar vem feliz, deseja mais, mas agradece pelo que já viveu, pois desta vida não se leva nada...

Dono de tudo e de nada, meu mar não é egoísta, é reflexivo, questionador, curioso...

Pergunta-me se foi perda de tempo ou crescimento, se encontrar tua solidez de areia, tua frieza até, se a nossa fusão e separação, o encontro tão esperado, valeu a pena...

Proximidade e distância, confusão e loucura, antes aperto no peito, agora lembrança leve que o vento de fins de tarde traz, árvore sem flores, página de um livro já lido, guardado...

Rumos distintos, nossa culpa, culpa da vida, culpa de ninguém...

Nossa música parou, saiu de mim para entrar nas memórias de uma vida, vida de quem te amou, muito, mas que resolveu viver sem ti!!!

Luzz
Enviado por Luzz em 11/04/2009
Reeditado em 11/04/2009
Código do texto: T1533773