Querida...
Hoje quando me deparei com antigas constatações me senti um pouco triste.
A velha infancia faz tanto tempo, né?
Pois é, não sei, se te digo logo isso que gostaria de te dizer, mas...
Foi a muito tempo, quando o tempo fugia nas gotas de suor das tardes de menino, voce era a figura dos meus sonhos a voz da minha insonia, a minha canção de amor.
Tão importante quanto a isso que eu preciso te dizer, é a dor de não ter vivido aquele amor, talvez a culpa não me tenha causado remorsos, mas com certeza foi a tarde da minha paixão.
Foi o insano esquecimento de algo que me era luz, que me transmitia vida.
Guardo frases, sorrisos, olhares, so não guardei a fidelidade ao meu coração.Não, não a troquei por outro amor, a deixei voar ao vento da minha omissão.
Foram tantas as palavras que esparramei em folhas para cantar seu amor, e hoje estas folhas nem ao menos existem, por tantos outonos passados, por tantas alegrias deixadas e tantos caminhos desviados e que me levaram para longe de ti.
Não foi num luar maravilhoso, ou numa linda tarde de verão, ao por do sol...Te perdi na alvorada da minha vida quando ofusquei uma vida, ao não sair para olhar a estrela que me faria existir.
O que me restam são lembranças, e é exatamente uma dessas lembranças, que gostaria que me escutasse descrever.
O bailar de sua pequenina figura, me é claro na memória...
Fazendo um paralelo com os dias atuais, em que te digo sem medo, que ti amo, mas nossas vidas não nos pentencem, naquele tempo me era impossivel te dizer isso, não por nossas vidas não nos pertencerem, mas porque exatamente eu não tinha certeza que te amava.
O lamento não é por não conseguir dizer que te amo, mas por ter perdido tantas primaveras, tantos verões da minha vida, sem ter a consciencia que a estrela poderia retornar.

Malgaxe
Enviado por Malgaxe em 28/04/2009
Reeditado em 28/07/2010
Código do texto: T1565446
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