Para aquele que vem...

Para você, próximo a porta, atravessando um corredor escuro, talvez com tanto ou mais medo que eu. Não te preocupes, a princípio farei todas tuas vontades, para que te agrades e nunca se vá.

Peço apenas, o pagamento pelo teu colhedor abraço, faça sentir-me única, última e mais amada. É tudo que peço...

Acredite junto comigo que temos todos uma nova chance, uma esperança, uma oportunidade. De quem sabe nessa multidão furiosa, em batalha infinita, achar alguém que nos ame, nos admire e nos queria assim... errados.

Deixa-me tratar de tuas feriadas de outras batalhas, de outras guerras perdidas, de teus traumas e medos, e só te peço total compreensão. Quando perder o controle, jogar pela janela meu resto de sanidade, colocar-te contra parede, mesmo quando eu não tiver qualquer razão.

Aproveite comigo os momentos de silêncio, de nirvana, quando te encarar os olhos, como se procurasse tua alma, para juntar a minha quando nos darmos mãos. Deixe-me quieta olhando para ti, estou salvando na memória algo que se pudesse reviveria agora. Abraça me forte quando dizer que tenho medo de perde-te, que sou apenas uma mulher, frágil, tentando fazer do coração um escudo para os ataques diários do mundo.

À você que chega, ainda não sei o nome, talvez não conheça a face, mas sei no teu beijo, no teu abraço, que sem querer, dei a ti meu coração.