Suspeitas realizadas, sonhos despedaçados...

Sie;

Desculpa confessar a pessoas, quais nem sequer conheço as faces, mas tenho que contar a alguém o que não tenho coragem de falar-te.

Porém, como previa, como suspeitava não será fácil. Algo acontece, não sei o que, mas algo está escondendo Sie, não sei se de mim ou de si mesmo.

Não quero aborrecer-te, mas ao mesmo tempo não quero desistir. Diga-me Sie, o que posso fazer?

Algo de mim te afasta, não acho que seja algo que fiz, é algo além de meu poder de ação. Talvez eu tenha simplesmente perdido a graça, atingindo o pico e hoje meu decline em teu conceito não tem parada.

Algo simplesmente mudou, e sinto que não fui eu, o que me deixa com mais medo Sie, mais uma vez me resta a dor e saudade. Me diga, o que posso fazer?

Meus sonhos todos se espalham, e meu rosto pálido no espelho não terá mais o sorriso que brotava ao ver-te. Não vou mais ver-te... mas não quero desistir, mas do que vale a briga de um homem só, Sie? Não vai me levar nada batalhar com minha própria dor.

Não surta e jogar-te na cara que é melhor simplesmente deixar-me partir, porque não é cena de Hollywood e não vai perdi para ficar, vai me deixar ir simplesmente, sem mudar o olhar. E isso vai machucar, Sie, há de machucar. Vi esse mesmo filme outras vezes, com outro interpretando esse mesmo personagem, pena que a mocinha magoada sempre sou eu. Do que adianta em meio as lágrimas salgadas que agora rolam em meu rosto dizer-te que em tão pouco tempo por ti já tenho apresso, já gosto muito de ti. Nada há mudar o que sente, Sie, e não sentes nada por mim.

Então, só diga ao menos um adeus antes, mesmo que seja por palavras frias de uma máquina sem vida, peça para não mais procurar-te, que precisa de um tempo, que tudo isso foi somente um grande engano, que nunca me prometeu nada, somente diga o mesmo texto dos outros Sie, assim eu possa o quanto antes esquecer-te, preciso esquecer-te, Sie.

Por tantas vezes em silêncio pedi a ti por piedade. E mais uma vezes suplico-te, tenha piedade. Não quero desistir, mas não quero batalhar por algo que nunca venha me pertencer, e teu carinho não me pertence, Sie. Teu pensamento está em outro lugar, e meu coração agora em tuas mão, por favor, pare de apertar. Não aperte mais o que não pode mais sentir sangrar. Não, não arremesse para tão longe, longe que não possa mais ver, longe que não possa mais sentir. Sie, não sinto mais bater. Sinto somente as lágrimas quentes e salgadas, mas não sinto mais bater. Ah, como pode tanto doer? Explica-me, por favor, explica!

A velha angústia bate a porta, de mão dadas, em um lado a depressão, do outro a solidão. Salva-me deste pesadelo, estou correndo por esse corredor sem fim, atrás do que acho ser tua sombra. Espera por mim! Warten mich, Sie bitte.. Warten!!

Essas sombras não tem piedade, ouço ao longe tua risada ecoando pela escuridão. Essas seguram meus pés, me seguram pelas mãos, e tua risada vai afastando, espere por mim!

Mas não esperou, não espera e não esperará... Ninguém esperou, não serás o primeiro, não serás o último. Mas a primeira vez e última tem a mesma sensação, a mesma impressão, a mesma intensidade, a mesma dor. Faça essa dor cessar, faça a dor passar, faça-me esquecer... Sie, me faça esquecer de ti.

O que posso fazer? Gostaria de agora adormecer e esquecer do pouco que passamos, apagar de minha mente, do pouco caso agora expressado. Sie, deixa-me esquecer-te. Por que sempre doí, por que não posso arrancar do peito o coração? Leva contigo, joga longe, faça parar. Não bate mais, mas ainda doí, não pode mais bater.

Mas cabe somente a mim, esperar-te ou não, desistir ou não..Me mostre, um sinal. Desistir, e mais uma vez ter sensação de talvez pudesse ter sido diferente? Ou simplesmente consolar-me de escapar de maiores dores futuras... Diga-me Sie, somente ti pode dizer, se devo esperar por ti... ou não.