ÀS MÁRGENS DO RIO DE LÁGRIMAS

Num dia triste de domingo

pude perceber, na verdade, quem sou...

Sentado às márgens de um rio,

entrevi a minha face empalidecida naquelas águas,

manchadas pelas lágrimas que chorei.

Lágrimas!

As mesmas que um dia lavaram o meu rosto de alegria,

e que hoje regam esse sentimento de tristeza.

Essas lágrimas...

que agora provocam ondas nas águas límpidas desse rio,

desfiguram o meu rosto.

Águas que jamais hão de acabar,

pois é dos olhos de quem já amou

que ela tem as suas nascentes a jorrar.

Lágrimas dos olhos de pessoas desoladas

que sofrem por ter perdido um amor.

e eu sou apenas mais um

de muitos que choraram um dia,

de tantos outros que ainda vão chorar e

daqueles que ainda choram às márgens desse rio.

Esse rio que nos mostra a beleza em sua imensidão,

esconde o sofrimento em suas profundezas,

cheias de mágoas!

Mas, é nesse rio que posso achar o meu consolo,

livrar-me das dores dos meus sentimentos,

e assim passar o meu domingo,

sentado às márgens do rio de lágrimas...

Thompson Wercauteren
Enviado por Thompson Wercauteren em 08/06/2009
Código do texto: T1638340
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