"Sinto-me um pote vazio, sem água de rio, pra sede matar." (Mara Lúcia)

"Sinto-me um pote vazio, sem água de rio, pra sede matar."

(Mara Lúcia).

Já tinha lido este verso antes - faz parte de um poema - e ontem deparo-me com ele num comentário. Abri um sorriso largo pois ela, a criadora deste imorredouro verso, é minha irmã.

E tudo começou com ela!

Durante anos a fio teceu arte em fios e versos!

Fez pão e poesia na cara lavada do dia-a-dia!

Subiu montanhas, navegou mares, plantou jardins, mergulhou em livros, desenhou vidas, arriscou a sorte, buscou ser feliz!

Foi nobre, foi plebéia, e nunca perdeu a humildade;

Seu coração abriga sonhos desatinados e ânsia de vê-los realizados; Impulsiva como todo ariano, desmediu esforços e foi à luta.

Fez fumaça, acendeu fogueiras com lenhas verdes, pois assim é seu ser.

Mara Lúcia, irmã querida!

Não, não são suas as palavras acima, pois o ser que lhe habita é forte! Quantas vezes foi ao fundo do poço e voltou com um copo d'água? Não, não estava esgotado!

Você é assim, menina! Exemplo de vida!

Admiro-a tanto pela coragem de correr léguas sem botas, de alçar vôos sem asas, de erguer montanhas de cinzas e ficar feliz ao ver o vento levar..acompanha seus volteios na certeza que tudo vai mudar!

Adentre o ser que há em você e verá que este "pote" transborda de amor e autenticidade como sempre foi seu jeito espontâneo de ser;

Mais um momento que a vida lhe oferece e sei que em breve vai olhar com estes mesmos olhos miúdos e estampar um sorriso que é sua marca registrada!

Limpe estas lágrimas, balance a saia, deixe que o lilás de seus cabelos reflitam os raios de luz que há em você!

Com carinho da irmã menor!

Carmem Lúcia

Carmem Lucia
Enviado por Carmem Lucia em 08/06/2009
Reeditado em 08/06/2009
Código do texto: T1638505