AMÔ DE ANALFABETRO, TAMÉM É AMÔ...

meu bem, num sei escrevê, mais presta atenção, que eu vô dizê.

Eu amo você, pra daná, e nem sei o como falá, mais é amor de verdade, daquele que bati saudades, que fais o coração pular pra boca.

meu bem, num sei quantas palavras guardei pro cê, mais, mesmo sendo anaufabetro, meu amô é puro dimais, rapais.

onte mesmo, a tristeza gritô no meu peito, e não teve geito, liguei pro cê, mais vi, que uma muié atendeu, falô um tanto de coisa, mandô eu dechá recado, e fiquei brava, dechei um tanto de chingo, aposto que ocê intendeu.

óia eu não vô suportá, se ocê, num quizer falá, vô aí, onde tivé, e vou ti bejá.

sabe ben, eu num sei o que dizê, mais gosto de ocê, e ningém pode intendê, que apezá deu sê meio burra, eu amu ocê.

intão para de dechá recado questa moça, se não meu siúme vai aumentá, e vô morrê de tanto chorá.

óia, só pra acabá, ti mando um bejo, gostozo pra daná, e mais, qero ti vê hoje, dá? o num dá.

tiau mermo, mais vô esperá, i num mi fais esperá, porque sei qe sô meio bobinha, mais condo eu aprendê escrevê, vô dizê mais coisa bunita pro cê, viu?

beiju meu e liga pra eu, viu? eu sei que ocê tá aí, e manda eça moça imbora, porque se não eu vô, fazê escandlo.

sou boba merma, mais sei bejá, ti abraçá, e aposto qui ocê gosta né?

tiau e liga mermo eim?

Del Dias
Enviado por Del Dias em 16/06/2009
Código do texto: T1651913
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