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Mari:

Vieram buscar Liss. Choro, diarréia, fungo para tratar, uma feridinha na pata que a veterinária não viu e que ela mordia cada vez mais. A Laura me orientou, a dar leite com mel, que solta barriga. Talvez, mamando o leite da mãe, ela suportasse tal gororoba, mas aqui com o vermífugo que tomou, teve cólica e houve choradeira brava.

Um belo espécime, puro descendente de border collie, enfrentou-me. Eu batia com um papel no chão, mas passado susto, ela retomava os uivos, é claro, com aquela "pose" típica da sua raça: sentava como um leão:as patas arriadas para frente mostrando os dentes, atitude que serve para intimidar ovelhas e gansos, que obedecem, igual a esta que vos escreve. Devido à diarréia, não me arrisquei a leva-la para meu quarto, o que era certo que ela estava pedindo.

Inteligente, logo encontrou onde afiar as garras. Namorava a própria imagem refletida na fórmica da cozinha, passando a patinha... uma paixão de nenê! Já soube do reencontro com a mãe preta: mamou muito, grande festa no pedaço. Imagino o que não contou para a turma sobre a noite que passou aqui... Descobri, lenta que sou, pouco antes de ela partir, o porque de só ter aceitado um pano de lã preto para se recostar, ignorando um colchãozinho colorido numa caixa ou um pano grosso cor de gelo.

A Laura tem doze desses animais e me disse que a guardará até os 90 dias, caso eu mude de idéia.

Quanto à arte terapia, conversaremos na quarta-feira.

Beijos,

Liliana

Marluiza
Enviado por Marluiza em 29/05/2006
Código do texto: T165244