Mais uma, que talvez não seja enviada

Ao começar, eu ainda estou me perguntando se isso é útil. Ou ainda mais: se servirá para seu único propósito. Mas eu acho que não. Eu acho sinceramente q não. Acho que até o termino deste escrito eu decidirei não mandar, talvez até apagar... Me consta na consciência agora colocar num local onde se escrevem poemas, colocar uma outra função e colocar um autor anônimo. Ainda não sei o que ocorrerá.

Eu poderia escrever outra hora, ou talvez essa seja a hora certa. Também não possuo essa informação (estou pendendo para a proposta de colocar num site de poemas e cartas).

O fato é que tudo ajuda: a música, a hora, a luz da tarde (estou pensando em colocar um link e enviar p você por e-mail...) e o sentimento atual.

Talvez esse escrito seja para mim, não para você, mas o fato é q escrever vai me mostrar o que eu ainda não soube te dizer.

No momento me passam lembranças tristes... Não, não são lembranças minhas. Pelo menos não fazem necessariamente parte das minhas. Mesmo assim as possuo. O que quero dizer, é que essas lembranças, que lembro, não são minhas. Mas suas.

Lembro de sorrisos sádicos ao ler cartas semelhantes a estas. Lembro de frases grosseiras e algumas prepotentes, ao ler cartas semelhantes a estas. Lembro-me de me prometer nunca fazer isso (estou pendendo agora à não enviar o link...). Mas arrisco-me a qualquer interpretação.

Não, isto não é um escrito de amor. Ou talvez seja, mas a intenção não foi essa. Na verdade fico meio na dúvida, na verdade estou sempre na dúvida. Na verdade eu não sei de verdade alguma. Sei que preciso correr, sei também que alguns compromissos urgentes me esperam. Mas sei que precisava estar aqui escrevendo (lembrei de um amigo q irei enviar o link caso eu não mande p você. Ele poderá me ajudar, talvez... ou talvez não... eu não saberia dizer, ainda). E se você queria mesmo saber quem eu sou, preciso lembrar que eu ainda não sei. Mas logo q eu saiba... Eu provavelmente não te direi, pq isso é uma coisa q eu custei muito p descobrir – minha atual idade – e você não poderia descobrir em cinco minutos – tempo médio calculado pelos cálculos do tamanho que calculo para esse escrito. Mas aqui posso (à vontade de escrever está passando... droga... preciso ter força, preciso “pegar firme!...” oquei, oquei, está voltando), como eu dizia, aqui posso escrever sendo eu. Até pq, agora eu decidi não mandar nada. Então não há necessidades de cálculos nem de projetos.

Eu sei, eu sei. Eu tenho essa tendência. Esse controle de cada passo q eu dou, controle de cada situação que me encontro. É natural... Está bem, não tão natural, mas acho que não seja tão... Acabei de lembrar q fiz um teste... Minha responsabilidade está acima do normal... O mentor do teste pediu para que eu não me reprimisse mais. Então acabei descobrindo que sou muito adulta... Isso não me parecia mal há alguns dias atrás.

Pensando nisso à vontade de escrever vai se esvaindo, pq junto com ela vem uma autoridade minha que ri na minha cara, me chama de palhaça e diz que eu não deveria estar fazendo uma besteira dessas, simplesmente por que acho ridículo. Mas eu já fiz tantas coisas ridículas, e a idéia, de escrever, já que é por si mesmo ridícula, vou me permitir então consumar o fato ridículo de fato! (Oquei, à vontade de continuar voltou).

Se por acaso (apenas um acaso) estivesse lendo o escrito, estaria lendo até aqui? Acho q sim (nossa é tarde!), ou talvez não, não sei também. Eu ainda não salvei o arquivo. A luz poderia acabar e destruir isso tudo... Vou deixar nas mãos do acaso e salvar apenas quando eu terminar. Se ocorrer algum erro até lá, sinal de que eu não deveria ter escrito.

Mas eu divago, eu viajo na minha mente e acabo escrevendo coisas desnecessárias. Perdão, é a necessidade de me fazer entender, de me fazer explicar a cada coisa que eu penso. Impossível seria descrever tudo que estou pensando aqui. Entre elas, preciso colocar a roupa no varal, e preciso arrumar meu quarto. Informações, obviamente, desnecessárias. Então me atenho.

Penso eu que é um dos motivos que eu não consigo falar... Muita coisa passando ao mesmo tempo. (o que eu pensarei se ler isso daqui a 10 anos). Corro o risco de esquecer o que eu estava falando a princípio se eu continuar fugindo do assunto. O texto longo, crescendo cada vez mais com coisas desnecessárias. Não sei se eu leria um texto desse tamanho. Estou pensando em corrigi-lo depois de terminar, mas não seria honesto. Vou deixar do jeito que está. Pensei em rele-lo, mas me contive. Devo deixar as cosias fluírem.

A música me assusta e não me dá a inspiração que eu preciso. Significa que se sair alguma coisa compreensível daqui será por mérito total meu. E não de inspirações.

É complicado eu me inspirar... Eu poderia formular várias teorias... Contenha-se, contenha-se, eu darei continuidade.

O fato é que não me lembro exatamente o que eu ia escrever, mas em todo o caso eu deveria dizer sobre você e eu. O correto deve ser você e eu, não o contrário (lembrei de um episódio de Chaves).

Não me lembro mais o que eu deveria dizer entre você e eu. Deixa eu lembrar...

Uma ajuda fotográfica me lembrou. Seus registros estão no meu computador, inevitável, inevitável. Sou uma curiosa, ajo por impulsos algumas vezes. Eu deveria não ter visto nada. Incontrolável, nada mais a acrescentar.

A boa notícia era q acho q lembrei sobre o que eu deveria falar: sobre você e eu.

Eu ia te mandar uma mensagem, sobre a noite anterior, sobre você e eu, sobre eu e você (acabei de lembrar uma música do Ed Motta... eu e você, você e eu... tamtamtam, você e eu... oquei, parei), é por causa dessas coisas que não me atenho ao assunto principal... A hora está passando, estou começando a ficar atrasada.

Percebi q trabalho com memória visual mais do que verbal. Mas trabalho com memória musical mais do que visual. Estou ficando confusa quanto minha memória.

Talvez antes de eu terminar completamente eu corte algumas partes desnecessárias... Não seria honesto também. Escrevo em gírias e palavras q não tenho certeza se estão corretas.

Ah sim, sobre a noite anterior (na verdade, se contar hoje foi na noite ainda mais anterior, se bem que não foi à noite exatamente... mas acredito que você me compreenda). Eu queria ver-lhe, ia mandar algum recado, dizendo o quanto de gosto, o quanto quero ficar com você, o quando quero ficar perto de você... Meu lado adulto me controlou dizendo que não é nada disso, q eu estou enganada (eu vou salvar isso agora... talvez eu leia daqui a vinte anos). Eu viajo demais... Isso é ruim, algumas vezes.

Então, eu dizia que eu me controlei dizendo que nada disso era verdade, mas meu lado criança cismou (acho que o mentor afinal, ministrou um bom curso) que eu deveria expor ao menos uma vez o que eu penso. Acho q vai se assustar, principalmente pelo tamanho... Sem contar com outras barbaridades q eu pensei (estou com gripe).

Não sei mais o que dizer, nem lembro mais o que eu ia dizer. Mas vou enviar o link para meu amigo.

O que eu queria passar... Eu não sei, mas acho que ver teus registros no meu computador me abalou de uma forma muito forte. E mais uma vez me pego pensando em desistir de... Desistir de que? Acho que desistir de entregar isso tudo para você. Não! Isso não é uma ameaça, é uma explicação do que está acontecendo. Tem um monte de coisa boa aqui dentro q não me permitiria lhe mostrar, mas queria simplesmente me entregar (q clichê, não?) e deixar eu gostar de você como se fosse meu ar, como se eu não existisse sem você, mas eu me controlo, porque não me sinto segura nem me sinto bem. Não estou escrevendo pelo que aconteceu naquela noite, não, não. Foi apenas uma coincidência do destino minha vontade de te explicar as coisas coincidirem de acontecerem assim. Mas não tem nada... Acho que tem de alguma forma. Mas não posso afirmar.

Vou fazer miojo porque eu não lembro mais qual era a intenção inicial desse escrito.

Mas foi por causa disso aqui q eu não te liguei, pq achei q eu não deveria incomoda-lo.

Beijos profundos

Espero me manter o mais controlada possível.

Espero me manter espiritualmente sã e longe.

Espero que você entenda (novamente digo q isso não é uma ameaça, como da ultima vez).

(obs.: acabei de ouvir sua voz me chamando, e nem tenho idéia de porque)

Maria Aguilar
Enviado por Maria Aguilar em 05/06/2006
Código do texto: T169964