____INCONTRANO OCÊ UAI___

Certu dia eu saí puraí procurano ocê.

Nossinhora meu coraçãozim batia quinem semente de bacate.

E quando eu incontrei ocê meus zoios briavam quinem lamparina

na iscuridão.

Ocê tão bunito, com aquei oiá de sassá mutema,

e aquei seu cabelim de açogue,

Xonei na hora concê.

Ai ...Ocê é tudibão, ocê e eu juntim nossinhora ,

quinem arrois cum feijão.

Xuxu du meu coração, cênum sabe mekfoi bão incontrá ocê.

Sua vois maraviosa dimais da conta,da inté vontade de

garrar ocê quinem um carrapato.

E esse abraço de urso peludo sô isquenta quinem pincumel.

Purisso vô tentá fazê um versim procê:

Xuxu num sô poeta intão num sei versejá.

Mais na hora quiocê quisé prová o bejo mais gostoso da sua vida,

Ocê vem cá, purque minha boca a sua vai incontrá.

Ce sabe quioce é meu tisoru,quero dizê quieu amucê mês

Num sabeno iscrevê palavra bunita quinem as sua.

Mais oiá só, eu guardo cada letra quiocê iscreve como o céu,

Guarda cada istrela viu?.

Amocê, dispeço doce aqui cum mondquiçis na sua boca gostosa.

E humbração daqueis de tirá o folegu viu?

Dessa que ama ocê e que ta morreno de sardade.

Eu a sua caipira.

(Fernanda Maia Oliver)

Fernanda Maia Oliver
Enviado por Fernanda Maia Oliver em 25/07/2009
Código do texto: T1719316
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