____INCONTRANO OCÊ UAI___
Certu dia eu saí puraí procurano ocê.
Nossinhora meu coraçãozim batia quinem semente de bacate.
E quando eu incontrei ocê meus zoios briavam quinem lamparina
na iscuridão.
Ocê tão bunito, com aquei oiá de sassá mutema,
e aquei seu cabelim de açogue,
Xonei na hora concê.
Ai ...Ocê é tudibão, ocê e eu juntim nossinhora ,
quinem arrois cum feijão.
Xuxu du meu coração, cênum sabe mekfoi bão incontrá ocê.
Sua vois maraviosa dimais da conta,da inté vontade de
garrar ocê quinem um carrapato.
E esse abraço de urso peludo sô isquenta quinem pincumel.
Purisso vô tentá fazê um versim procê:
Xuxu num sô poeta intão num sei versejá.
Mais na hora quiocê quisé prová o bejo mais gostoso da sua vida,
Ocê vem cá, purque minha boca a sua vai incontrá.
Ce sabe quioce é meu tisoru,quero dizê quieu amucê mês
Num sabeno iscrevê palavra bunita quinem as sua.
Mais oiá só, eu guardo cada letra quiocê iscreve como o céu,
Guarda cada istrela viu?.
Amocê, dispeço doce aqui cum mondquiçis na sua boca gostosa.
E humbração daqueis de tirá o folegu viu?
Dessa que ama ocê e que ta morreno de sardade.
Eu a sua caipira.
(Fernanda Maia Oliver)