APENAS UM BILHETE
Cara Regente,
O sol, que ainda não é o da liberdade, brilhou no céu da pátria, logo cedo, levantei-me, precisava explicar, a um povo heróico, uma canção fora do tom.
Que fique claro, desde já, que todos ouviram, alguns lembraram e outros esqueceram – estou no terceiro grupo, suas orientações. O problema é que tico e teco às vezes cismam de ficarem, não as margens do Ipiranga, mas, nas plácidas asas de minha lerdeza, que é tão gigante como a própria natureza.
Portanto, nada de achar que suas explicações não foram claras; as armas estavam todas à nossa disposição, eu é que não tenho habilidade para lidar com a clava e precisei de um brado vívido e retumbante, para que, finalmente, as lamparinas de meu juízo se acendessem, ou quase.
Assumo aqui, publicamente, o compromisso de, na próxima vez, criar algo formoso. Acredite, farei algo tão vívido que receberei um colosso e gentil sorriso de agradecimento.
Meu impávido desejo de acertar é o penhor desta promessa que espelha e ostenta meu orgulho de fazer parte desta idolatrada equipe que resplandece em talento, criatividade e acolhimento.
Minha admiração e respeito a todos. O talento de vocês fulgura neste espaço; cada um ostenta seu estilo e juntos, somos o cruzeiro das letras.
Com carinho hasteei minha flâmula da humildade, pois não me omito quando preciso erguer meu lábaro de desculpa, mesmo adorando ficar deitada em berço esplêndido, verás que um filho teu não foge à luta!
Afetuoso abraço a todos do Encanto das Letras, mas que tal levantarmos todos e dizermos bem alto: Ó PÁTRIA AMADA,IDOLATRADA, SALVE! SALVE!. ENTRE OUTRAS MIL,ÉS TU, BRASIL, Ó PÁTRIA AMADA! DOS FILHOS DESTE SOLO ÉS MÃE GENTIL, PÁTRIA AMADA, BRASIL!
Mossoró – RN, 06 de Setembro de 2009.