"A casa do riso do sol"

Conto um conto imenso, estrondoso, conto de expressão ínútil. A poesia é como serva preenchendo o vazio do espaço cilíndrico, cheio de gelo e pouca água. O que firmo não pertence a mim, pareço flutuar no térreo bipolar, firmando a questão existencial.

O gelo derrete e vira água. A água aumenta transbordando a redoma. A redoma quebra e o fluído esvai abundantemente. O desgelo à mente absorve fora do eixo, mais denso, mais suscetível as perdas e poucos ganhos.

O elogio permanece na fila de espera para engrandecer o desatino cantar. O reflexo da voz remete ao repouso. A voz recalcada,reprimida aguarda novas canções. Canções de sabor, ardor, torpor, amortecendo os sonhos juvenis sem saber resolver o final da sua inércia.

26/09/09

Giovana Segala
Enviado por Giovana Segala em 26/09/2009
Código do texto: T1832681