QUANTAS PESSOAS CHORAM E DIZ:

Esse amor, foi impulsivo, chegou a galope, entrou sem pedir licencia, cresceu de braços abertos em minha alma, inebriou-me o coração, deixando meu espírito maluco e apaixonado.

Lembro do primeiro beijo, ainda fincado em meus lábios, aquecendo o desejo da mente em ficar agarrado em sua boca sorvendo as águas cristalinas dessa paixão desenfreada para sempre.

Seus braços que braços! Agarrados em meu pescoço podia sentir sua respiração sufocando-me com seu cheiro de rosa, deixando meu corpo tremulo de felicidade e prazer.

Amor assim é sagrado, mas, nem tudo pode ser duradouro se houver a sombra do ciúme acompanhando os nossos passos criando fantasmas, matando aos poucos o amor preso à alma.

Amei, fui amado, todavia, as emoções foram estourando sem razões como estoura os fogos nas festas de consagração aos santos juninos e as brigas surgiram do nada, criando a insegurança e fazendo o amor tão seguro balançar como balança o tempo.

A primeira desavença, gritos e mais gritos nuvaram nossos corações, o rancor do momento pintou com suas cores fortes deixando tudo da cor da noite e a mente enraivecida querendo brigar com Deus e o mundo..

Logo, vai à turbulência se desfazendo no ar e mais calmo, vem à conversa suave, a emoção volta e suscita no peito o amor de sempre com seus sorrisos e seus perdões.

Vaga os dias, o tempo e novas brigas surgem do nada afogando o coração nas duvidas e magoas, debilitando o amor com suas flechas envenenadas de rancores.

No descontrole emocional os sentimentos puros se vão no halo da prepotência, nascendo o desejo de brigar, bater e tirar todas as raivas no tapa sem temer a dor que fica quando tudo passa.

Essa forma de convivência entre os amantes é a pior de todas as formas de entendimento, pois se o amor se diz perfeito, então, sua perfeição é capaz de matar os ciúmes, as divergências e inseguranças contidas em nossos espíritos de seres imperfeitos.

Olha o amor não tem concorrente, se você ama e doa toda sua alma ao seu par, e sente que é correspondido nas palavras trocadas, na cama, cozinha e no chão que pisa, não tem porque ter medo de perder seu amante ou sua amada. Perder o amor é perder a alegria de viver, sorrir com as ilusões divididas, de sonhar com a felicidade e o futuro, além de desacreditar em si mesmo.

Todos os rompimentos são dolorosos, é choro aureolado de fogo, é cair na solidão das estradas da vida sem saber se existe um final, onde possa deitar sua alma, guardar seus sentimentos e angustias.

Hoje, o amor real é um encanto embasado na felicidade de construir sonhos e objetivos existentes em cada pensamento que recebemos ou distribuímos em direção do infinito, assim, os amantes seguem seus instintos sem perceber os lapsos cometidos nas horas enciumadas da sua alma, criando com palavras barreiras a separar corações apaixonados.

O amor é encanto, ajuíza em suas formas a sensibilidade de inebriar os olhos, o coração, a mente e os sonhos de unir sentimentos numa mesma sala chamada de vida e esperança.

Porém, para isso ser eterno é necessário a cada alma ouvir com clareza a outra, pensar antes de expressar suas idéias, vigiar com leveza as ações que são consumadas no dia a dia da convivência, amar sem temer as tempestades naturais das almas humanas.

Esse amor é algo meu seu e de quem quer ser feliz, no entanto, precisamos cultivar a terra aureolada da paixão, semear ações de carinho por todas as estradas que, certamente passaremos regar com o Maximo de ternura o desejo de viver ao lado de quem escolhemos para ser nosso braço direito.em todas as horas da vida.

Ame sempre, ouça com prazer seu companheiro (a), evite as brigas, as lagrimas e adeje na imensidão do tempo carregando nas mãos as flores da eterna felicidade.

Luiz Gonzaga Bezerra