O ESPINHO DE PAULO

(...). No capítulo 07 da Carta aos Romanos, Paulo expõe um momento de angústia.

Paulo, um homem experimentado na fé, convertido após um encontro pessoal com Deus, se debate com a fraqueza da carne: “14 Sabemos, de fato, que a lei é espiritual, mas eu sou carnal, vendido ao pecado. 15 Não entendo, absolutamente, o que faço, pois não faço o que quero; faço o que aborreço. 16 E, se faço o que não quero, reconheço que a lei é boa. 17 Mas, então, não sou eu que o faço, mas o pecado que em mim habita. 18 Eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita o bem, porque o querer o bem está em mim, mas não sou capaz de efetuá-lo. 19 Não faço o bem que quereria, mas o mal que não quero. 20 Ora, se faço o que não quero, já não sou eu que faço, mas sim o pecado que em mim habita. 21 Encontro, pois, em mim esta lei: quando quero fazer o bem, o que se me depara é o mal. 22 Deleito-me na lei de Deus, no íntimo do meu ser. 23 Sinto, porém, nos meus membros outra lei, que luta contra a lei do meu espírito e me prende à lei do pecado, que está nos meus membros. 24 Homem infeliz que sou! Quem me livrará deste corpo que me acarreta a morte?”

Estamos diante de um homem torturado pelo pecado. Um homem despido de vaidade que, com assombrosa honestidade, expõe a sua fraqueza. Essa página da Bíblia dá um alento a nós que tantas vezes sucumbimos ao pecado.

Um santo é moldado a cada dia e o processo é lento, muitas vezes cheio de retrocessos, quedas várias. Estamos diante de um gigante guardião da Palavra de Deus que declara ter duas leis em constante combate dentro dele: a lei de Deus e a lei do pecado. Paulo quer fazer o bem, mas nem sempre é capaz de praticá-lo. É a eterna luta interior travada pelos que têm a consciência do caminho certo. A eterna luta entre o bem e o mal.

Quem sabe um dia eu também consiga vencer essa dura guerra, essa batalha sem fim, sem trégua.

Texto escrito em 05 de julho de 2009 e enviado por e-mail.
Iara Mesquita