O que resta de um amor...

Resta-me escrever para você, na impossibilidade de tocá-lo, na impossibilidade de estar ao teu lado e fazê-lo sorrir...

Resta-me sonhar com você após vê-lo ao longe... sonhar com o nós que você sufoca neste você e ela...

Tão difícil é viver sem ti, sem a esperança desse amor voltar a habitar aqui, no meu peito. É tão forte a dor de tê-lo perdido, é tão triste a existência sem o teu sorriso. Parece-me tão impossível continuar sem poder contemplar teu olhar, é como perder o direito ao paraíso... mas preciso continuar vivendo, não tem outro jeito. Ao menos você está feliz, você sorri, ao menos... mesmo que seja para ela, mesmo que seja com ela, mesmo que seja sem mim...

Se um dia passares por mim na rua, peço que não me olhe com pena, respeite essa minha condição de estar aos teus pés mas de cabeça erguida. Cachorros mortos não se faz necessário chutar...

Permaneço lhe acenando o meu adeus... permaneço com essa vontade imensa de não me afastar... tenho no peito uma mórbida certeza que assim que eu ir embora em vão teu peito implorará para eu ficar. Quando longe estiver minha alma a tua vai querer o meu amor... amor que sempre foi teu e que neste teu querer vai deixar de o ser, infelizmente...

Que um dia possamos nos reencontrar em uma das curvas da vida... cada um com o sonho possível que escolheu pra si... talvez arrependidos de não ter lutado mais um pouquinho, quem sabe com aquela sensação amarga do e se..., sei também que saudosistas procurando a si mesmos enganar ao um do outro calmamente se afastar como que procurando se convencerem que a renúncia foi a escolha certa ao pensarem que foi melhor assim...

Sabe... não me dói saber que foste embora, dói é saber que não estas aqui... por que sei que só pode partir quem esteve presente, agora, só volta aquele que nos tem amor.. e eis que você jamais voltou...

Certo é que esse amor está condenado a não se concretizar, não importa o que façamos, não poderemos mudar essa verdade, permanecerá esse meu amor gritando e o teu calado... então, resta-me, com o peito doendo e o coração em pedaços, te desejar felicidades longe dos meus passos...

Deise Caroline Nunes
Enviado por Deise Caroline Nunes em 14/10/2009
Reeditado em 14/10/2009
Código do texto: T1865431
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