Cadê o Canto?

Fiquei sabendo que era primavera porque um taxista me contou.

(Taxistas são seres informadíssimos)

Enquanto por aí faz frio, aqui as noites já descem inundadas.

Aquelas chuvas escandalosas: ventos, raios e trovões.

Há um desacato documentado na sua publicação.

Concordo. Ando cáustica, chata, impaciente.

Mas, alto lá!

Sabia que o meu verde tornou-se lilás como hematoma?

Cuido das feridas para que no próximo carnaval meus pés não doam.

E eu não me doa ao respirar.

A síndrome de gari é nata. Sem cura.

O pior é desamarrotar os dias sem um ferro diário.

Dê-me um canto!

Aponte-me um santo!

Juro que ajoelharei em reverência ao encanto.

Enquanto isso... Resguardo-me.

Alguns acontecimentos não são desembucháveis...

Viraram tabus nessa época de pouca euforia.

Resposta à carta Tudo Errado da escritora Rose Stteffen