Fui...

Desisto de você mais uma vez, só que agora eu sei que é definitivo.

O valor que me custa desistir disso ainda é menor que o da insistência.

A inutilidade desse esforço é grande demais para que eu persista.

Não vou perder nada além de um sonho construído sobre o nada, então sei que posso a qualquer momento sonhar outro sonho.

O meu querer de agora já assumiu um sabor de cansaço, daqueles que a gente quer e pode se livrar. Resolvi me livrar de você. Decidi que você não cabe em mim, que não faz parte do que quero realmente como concreto em meus dias.

Ficará por algum tempo o vazio desse querer que agora se desmancha em manchas pela minha memória, o que também tanto faz por tudo aquilo que você não fez, mas poderia.

Um leve pesar paira sobre meu coração, é inegável, mas também não vou evitar a sensação de leveza da minha alma sem sua presença que começo a sentir e cultivar.

Você não vale a pena, não para mim, nem antes, nem agora e nem depois.

O depois é um tempo que ainda não existe, porém trago a certeza de que não o quero lá,

seja ele como for...

É simples assim, você não vale a pena.