Carta de uma Exibicionista

Uma das coisas que mais adoro fazer é me exibir, e ultimamente tenho feito isso muito !!!

E eu pergunto a vocês: quem nunca desejou ter atenção de alguém ??? Posso dizer com certeza que 100 % das pessoas vai responder afirmativamente essa pergunta, pois o desejo de atrair faz parte do ser humano.

Sou uma mulher vaidosa e sempre gostei de despertar o olhar de outras pessoas. Gosto de ousar e adoro ser desejada por todos os homens que estão à minha volta. Lembro que desde criança essa prática está presente no meu dia-a-dia.

Não há nada que me excita mais do que saber que olhares alheios estão fixos em mim. Adoro caminhar pelas ruas e praças, usando um sapato de salto bem alto, trajando um vestido vermelho bem curto, sem calcinha, só para ouvir os assobios e gracejos dos homens.

Em momentos assim, sinto-me acesa, como se minha alma estivesse projetada sobre os olhos daqueles homens que me desejam.

Sei que poucas mulheres têm tanta coragem para isso. Sou realmente um mulher independente, cheia de vontade própria e dominadora.

Quando criança praticava o exibicionismo de forma diferente, por meio da desobediência, teimosia e molecagens. Tinha um enorme prazer em desafiar normas e costumes, expondo-me ao perigo físico.

Na adolescência canalizei essa vontade para provocar desejos nas pessoas que estavam perto de mim. Logo que meu corpo se formou, vi que tinha muitos atributos físicos e passei à usa-los recorrentemente de forma lasciva. Eu era uma jovem belíssima e assim usava toda minha volúpia e sensualidade para deixar os homens babando.

Recentemente, tenho mudado um pouco tais desejos, pois agora encontrei um homem maravilhoso que também ama se mostrar em público. Assim, nós dois estamos unidos numa relação amorosa visando suscitar inveja alheia.

Em nossa relação desenvolvemos jogos eróticos recheados de cumplicidade e muita paixão. Gostamos de fazer coisas loucas e extremamente provocantes.

Quando eu e meu namorado estamos nos exibindo, provocando excitação em outras pessoas, nós sabemos que somos os “donos do mundo”, cheios de poder e autoridade. Por meio dessa prática nos sentimos objetos de veneração e adoração.

Isso é tão engraçado e excitante ao mesmo tempo. Toda vez que faço um ato desses, sinto-me livre e encho-me de um sentido enorme de realização. É como se eu voltasse a ser criança novamente e reproduzisse um comportamento que tinha quando ia à escola carregando algo que acabara de comprar ou ganhar, como por exemplo um relógio novo - não para saber as horas, mas para que todos meus colegas e amigos fossem atraídos para aquele objeto de ostentação.

Hoje nós estamos cadastrados em vários sites na internet e, além disso, frequentamos muitos lugares diferentes da cidade, sempre com o objetivo de mostrar nossa nudez.

É bom demais ver que outros casais nos desejam e sentem inveja de nós !!!

Florianópolis – SC, 21 de novembro de 2009.

Fabiane Dornelles

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Ilha de Marajó - PA, Novembro de 2009.

Giovanni Salera Júnior é Mestre em Ciências do Ambiente e Especialista em Direito Ambiental.

E-mail: salerajunior@yahoo.com.br

Giovanni Salera Júnior
Enviado por Giovanni Salera Júnior em 21/11/2009
Reeditado em 21/11/2009
Código do texto: T1935470