Revelação de amor...

Oi, Lulu!

Em 1.991 foi a primeira vez que eu quase morri... Não fui... Fiquei... Sofri... Muito...

Em 1.991 eu escrevia pequenas poesias em cadernos baratos e tem essa aqui que hoje conversando com meu anjo da guarda ele me contou que não é só uma poesia... Aliás, essa é a única entre as 780 que eu escrevi que eu sei recitar de cor... Meu anjo da guarda me disse que isso que escrevi em 1991 foi uma revelação do meu futuro...

Revelação de encontrar você! Leia!

EXISTA...

Na rua vou olhando junto de um amigo

Tento enxergar você, mas não consigo.

Tudo não passa de uma visão

Que no fim acaba em solidão...

Solidão essa que é meu vazio,

Que pra disfarçar por fora sorrio.

Um sorriso sério, de expectativa,

Imaginando que você está viva...

E enquanto o tempo passa,

Você aguardo que nasça,

Que numa visão se torne real

E me preencha dando-me um ideal...

Bom, já é tarde e estou cansado,

Vou deitar e ficar calado,

De olhos fechados, dormindo,

Sonhando que você está vindo...

Você veio! Eu te amo!

Seguindo o que diz o poema acima, em 1.992 você nasceu...

Meu poema diz:

...E enquanto o tempo passa,

Você aguardo que nasça,

Que numa visão se torne real

E me preencha dando-me um ideal...

Bom, já é tarde e estou cansado,

Vou deitar e ficar calado,

De olhos fechados, dormindo,

Sonhando que você está vindo...

Você nasceu logo um ano após eu escrever essa poesia, inspiração divina, tenho certeza de que você já habitava meus sonhos porque era você em espírito que minhas preces buscavam encontrar... Só eu sei o que eu passei esses dezessete anos te esperando... Quantas madrugadas atravessei só, acompanhado da solidão... Quantas noites os amigos me davam a certeza de que eu me sentia só... Era você que me faltava... O tempo passava e nada dava certo, outros namoros tornavam em ilusão, decepção, mas eu sonhava... Sonhava com você, procurava pelas ruas e encontrei! Encontrei você!

A partir de então cada minuto ao seu lado me renova, cada vez que toco o macio dos teus cabelos, sinto teu perfume no ar, o calor da tua pele, meu mundo se inunda... Inunda de felicidade... Quando te acolho em meu colo, sinto que aqui nesta terra, neste solo, tenho quem, tenho alguém! Com você eu danço, sorrio, vivo, amo... Como eu podia imaginar que um poema escrito num caderno de folhas simples, hoje amassadas, mas guardadas como um tesouro, seriam a revelação de nosso futuro! Isso é uma certeza, eu juro! Você é minha princesa! A minha vela acesa! Que me ilumina, que me traz luz, que me conduz nesta vida, vida que eu já não quis mais... Vida que não tinha sentido, que me sangrava, me deixava ferido a cada madrugada em que o lençol me cobria com a solidão do vazio dentro da alma... O tempo passou, a poesia se realizou, você nasceu e num dia, me encontrou, você nunca tinha sido de alguém como uma promessa de que vinha pra ser minha! E assim segue... Te amo...

Cada palavra, cada frase escrita prova que eu já te esperava, que eu tinha certeza de te encontrar (E enquanto o tempo passa, você aguardo que nasça)... Tudo se encaixa, como nos conhecemos, minha solidão junto de amigos... Você é cada letra desses meus versos.. O teu sorriso, o teu perfume, o teu carinho por mim... O quanto me ama...

Nunca vou deixar de acreditar nesse nosso amor que hoje completa sete meses! Mas que foi revelado em 1.991, antes de você nascer e só vai acabar o dia que eu morrer...

Sann

Sandro La Luna
Enviado por Sandro La Luna em 08/12/2009
Reeditado em 08/12/2009
Código do texto: T1966003
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