Carta ao mar II
Amado mar,
Permaneço de corpo e alma entregues a ti. Esperançosa que me faças decidir-me pelo correto desta vez. Há dias sonhei com esta minha antiga paixão, em completa luminosidade da noite, após um olhar cúmplice trocado com um conhecedor deste ilegítimo tema. Contraí-me de desejo da sua presença ali. Naquele exato e preciso segundo. Para que como dois rebeldes cacemos um espaço leviano e insinuante o suficiente para que nenhuma pessoa nos visse realizar tais sentidos primitivos. As ondas adormecidas querem despertar e chocar na grande rocha de sempre. Desejo guelras pregadas no meu pescoço para me refugiar no teu fundo, distante do movimento que motiva a minha sede de água doce neste vasto mar salgado.
Quem sabe em risco,
Tatiane