Carta ao mar II

Amado mar,

Permaneço de corpo e alma entregues a ti. Esperançosa que me faças decidir-me pelo correto desta vez. Há dias sonhei com esta minha antiga paixão, em completa luminosidade da noite, após um olhar cúmplice trocado com um conhecedor deste ilegítimo tema. Contraí-me de desejo da sua presença ali. Naquele exato e preciso segundo. Para que como dois rebeldes cacemos um espaço leviano e insinuante o suficiente para que nenhuma pessoa nos visse realizar tais sentidos primitivos. As ondas adormecidas querem despertar e chocar na grande rocha de sempre. Desejo guelras pregadas no meu pescoço para me refugiar no teu fundo, distante do movimento que motiva a minha sede de água doce neste vasto mar salgado.

Quem sabe em risco,

Tatiane

Tatiane Gorska
Enviado por Tatiane Gorska em 23/01/2010
Código do texto: T2046514
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