Como vai, amor?

Por onde andaste enquanto a noite caia,

e por aqui nada mais se ouvia, além do ruído da solidão?

Será que dormias e por isso não ouviu o som da porta batendo

e nem os latidos do cão?

E eu, que ouvi o assovio de um homem, fiquei feliz por um instante,

acreditando no palpite certeiro...

tropecei nas nuvens dos sonhos, pois era na casa ao lado,

o assovio do carteiro.

Tens te alimentado, amor?

Poesia alimenta apenas a alma, viu?

Lembra-te sempre dos conselhos que eu te dava,

e que quando comigo estavas, não tinhas fome nem frio?

Agora me despeço com um beijo e te cuides bem direitinho,

lembra-te que a jornada é longa e que é comprido o caminho.

Até um dia...(amanhã quem sabe?)

Sempre tua.

Melissa Lorenzi
Enviado por Melissa Lorenzi em 11/02/2010
Reeditado em 13/02/2010
Código do texto: T2080962
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.