Ao mês de março...
Águas de março, vida lavada, saia rodada, meio de vida.
Enamorados, juntos rumando, na esperança, de boa vida...
Tarde chuvosa, rios fluindo, rodas girando, homens tremendo...
Seres humanos desalentados, em meio a março, que se inicia..
Muitos cansados da trejetória...imunizam-se...em meio ao caos.
Outros vibrantes, em seus galanteios...escondem falcatruas..
em seus bolsos..
Águas de março, lava pecados, leva tristezas, enxuga lágrimas, homens e mulheres...rostos amargos, marcados pelo ócio da mentira..eterna...eternizada...nas cabeças baixas, da mesmice secular, pós-carnavalesca do seu lugar...
Águas de março, sisudas, e sãs, vem...e nem sabem o que fazem...
rosnam para as pedras do caminho, derrubam horizontes, e passam.