Os poemas que levaste...
Quão pesada partiu a tua alma,
se nela escondeste os poemas que levaste embora.
E eu, que a imaginava flutuando entre anjos, nuvem e bruma.
Mais fácil teria sido se os tivesse anotado no montante
de folhas amarelas, grampeadas uma a uma...
Ou no caderno feito por ti, em casa, onde registravas
com sua datilografia de um dedo só, os versos que compunhas sozinho.
E eu que achava que a prancheta colada em teu peito,
só recebia os cálculos que fazias embaixo do teu colarinho...
Hoje, lendo os poemas que tiveste a bondade de me deixar,
penso naqueles que levaste contigo,
com certeza pensando, que a ninguém mais iria interessar...
Ah, pai, como eras teimoso...
Quão pesada partiu a tua alma,
se nela escondeste os poemas que levaste embora.
E eu, que a imaginava flutuando entre anjos, nuvem e bruma.
Mais fácil teria sido se os tivesse anotado no montante
de folhas amarelas, grampeadas uma a uma...
Ou no caderno feito por ti, em casa, onde registravas
com sua datilografia de um dedo só, os versos que compunhas sozinho.
E eu que achava que a prancheta colada em teu peito,
só recebia os cálculos que fazias embaixo do teu colarinho...
Hoje, lendo os poemas que tiveste a bondade de me deixar,
penso naqueles que levaste contigo,
com certeza pensando, que a ninguém mais iria interessar...
Ah, pai, como eras teimoso...