Carta para um pai e tanto...

Deitada debaixo do cobertor, com os pés gelados, no meio da madrugada, ponho-me a pensar na importância de tudo o que o senhor representa em minha vida, desde que abri meus olhos, há vinte e cinco anos atrás.

São tantas coisas a dizer, que nem sei por onde começar. Talvez eu comece por agradecer, tudo o que fez por mim, enquanto criança. Talvez eu me deixe recostar em seus ombros, mais uma vez, depois de tanto tempo sem um afago verdadeiro e singelo. Talvez eu apenas sorria, para lhe mostrar que não precisamos de mais nada, quando amamos; um sorriso verídico nos enche a alma de boas energias...

Talvez eu sente e chore, relembrando as pequeninas recordações de minha infância. Talvez eu feche os olhos e ore, para que seja sempre um alento em minha vida. Talvez, por teimosia, eu não faça nada, para me arrepender depois, e chorar sozinha, debaixo do chuveiro...

O que dizer de tudo o que já vivemos? Muitas coisas, desde alegrias aos mais diversos desentendimentos; um misto de sensações e sentimentos que fogem de uma explicação lógica e concreta; só sentindo e vivenciando para saber descrever ao certo.

Durante toda a minha vida fui eu que precisou do senhor, agora é a minha vez de retribuir tudo isso, para que consiga se restabelecer e voltar a sorrir... estamos juntos, sempre!

HELOISA ARMANNI
Enviado por HELOISA ARMANNI em 19/06/2010
Reeditado em 23/12/2010
Código do texto: T2328846
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