A um amor que morre

Ando. Os caminhos não me levam a lugar algum. Nenhum deles me aproxima de você. O tempo tem te feito tão mais distante, e por um momento isso me faz pensar sobre o amor e sua plenitude.

A vida e suas premissas, seus caprichos; fez com que nos apaixonássemos de forma tão rápida e intensa para depois separar-nos de forma vagarosa e dolorida tornando a fazê-lo diversas vezes.

Agora você acha que o fim está próximo. Posso ver como, com cuidado, você anda de costas para não assumir uma batalha com teu futuro. Você pode, nós podemos. Senão por você, pense o que de mim será quando ao deitar a cabeça no travesseiro lembrar que eu não pude salvar a única coisa que faria o meu destino mais rico em felicidade. O meu amor por ti, minha completa adoração pelo simples fato da tua existência. Não se vá, não se permita ir. Ou então me leve contigo, mas não me deixes.

Se for bastante para ti eu nunca o abandonarei; trocaria todos os sois possíveis e seus espaços-tempo para ver o lampejo do seu sorriso iluminar um dia que fosse dos meus já contados e nele viveria para sempre.

Ao fim de tudo quero apenas te levar ao lugar ao qual realmente pertences. Lá moras e não sabes. Meu coração, meu pensamento, minha escrita, em mim. A única coisa que antes possuía. Não sou mais dona; eu sou de você, sou você. Na sua falta não sou nada.