Conforto

Oi, como vais?

Eu te peço, do fundo do meu coração, que não chores. Que tu não sintas esta angústia que te perturba tanto. Isto passa.

Sei que vieste buscar conforto. Pensas que és a única pessoa que se sente perdida? Por que te fogem as palavras? Não és assim. Cadê aquele sorriso que sempre via estampado em teu rosto? Eu lembro que sempre me dizias para rir. Que este é o remédio. Então tomas também da tua receita.

E repousas. Durmas se precisar. Mas que tu não faças do sono a tua fuga. Não te escondas do mundo. Nem das pessoas. Estás te sentindo sem utilidade. Mas te lembras que existem sim outros corações que dependem dos batimentos do teu.

Eu desejo que não sejas egoísta. Lembres que a dor não é uma sensação de tua exclusividade. E quero também que me desculpes. Nem sempre estou contigo. Já paraste para te perguntar se eu também não preciso de apoio?

Demonstro ser forte porque se não o fizer, outros podem se tornar descrentes das minhas palavras. E muitas vezes... É só o que tenho: palavras.

Estou lembrando das vezes que agiste como uma criança mimada. Infantil demais no teu comportamento. E tive que ser maduro o suficiente, mesmo que eu achasse que não o fosse. Foi assim que pude te mostrar o que é o correto. Espero que tenhas aprendido.

Desculpe-me, realmente, se muitas vezes querias conversar comigo e não te dei atenção. Provavelmente, eu também precisava, mas não demonstrei. E ambos ficamos calados. Só o silêncio que falou por nós.

Houve aquela vez em que estavas tão triste. Estavas suportando uma dor que não te suportava mais. Já eu, estava alegre e não pude perceber que sofrias. Lembras que eu também mereço ser feliz.

Agora me recordo do contrário. Estavas com um sorriso tão grande que passara despercebido na seriedade das minhas preocupações. O que me fez esquecer de te felicitar no momento em que mais merecias. Sinto muito...

É verdade, falhei muito. Algumas poucas vezes acertei. Eu acertei quando em ti, acreditei. Eu me orgulho e muito de ti! Por isso, peço-te que não chores mais. Quando choras, eu sofro também.

Nem sempre te disse as palavras que querias ouvir. Muitas vezes estive ausente. E procuro me perdoar por isto. Não foram todos os momentos que pudemos compartilhar as alegrias e as tristezas.

Saudades? É claro que eu também sinto. Quero que saibas que estás em meu coração com muito carinho. E sejas feliz!

Neste exato momento eu me vejo abraçado junto a ti. Um abraço bem forte. Peito com peito. Pulsação com pulsação. Estamos guardados em nossos sentimentos.

Então, enxugues estas lágrimas. Elas irão regar a tua felicidade. A minha vai ser te ver sorrir. Viva!

E te lembres sempre que...

Eu te amo!

Delano Almeida
Enviado por Delano Almeida em 31/07/2010
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