Amigo Orfeu,

            Nesses dias que passo “tédio”, aí eu penso que sou pássaro (um simples sabiá)... Sinto falta das nossas conversas, cantigas fraternas de amizade singela. Lembro... Eu me aconchegava na tua doce verdade de livros de saudades — coisas que tu viveste— e num prosear estruturado por horas nós nos perdemos. No meu inverno seco tinha do teu aconchego a água que falta no meu jardim! E num florescer sempre intenso na esquina de nossos pensamentos tortos num encontro desencontrado, bebíamos nossas agonias ao som da razão do dia sobre a luz do luar.  É verdade eu te repito como já disse o poeta esquecido; “gostoso é cantar a nossa terra com amigos fraternos, versar inocente e eternamente guardar recordações, mesmo aquelas pequeninas são ternas, são meninas.” Neste instante fico hesitante diante do colocar, pois tu dizes que conhece uma verdade só pelo meu falar. Digo sinceramente que a tal é enganosa, pois estou camuflada e nada tenho a declarar. Se meus olhos me denunciam é bem verdade que eles nunca souberam olhar!

Abraços,

Bianka Luz

Bianka Luz
Enviado por Bianka Luz em 02/08/2010
Código do texto: T2413579
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