UMA PEQUENA CRISE DE CIUME.

Samantha e eu voltavamos de um dia arduo de trabalho, como de costume, onibus cheio, transito. Ou seja o inferno.

Temos uma relação que é mais baseada na amizade que no relacionamento homem e mulher, assunto não falta, dentro desse espaço de tempo o celular de Samantha toca.

-Oi lindo ta onde?

Derrepende fiquei engasgado com todo aquele carinho dispensado ao estranho, que por pré analise é homem, ela ou eles continuam.

-Sim, adorei, nossa fiquei toda arrepiada.

A partir desta frase em diante já não sabia mais o que pensar o que falar, neste TOM a conversa se prolongou durante 20 minutos estalados de adjetivos honoraveis, por fim Samantha desligou, permaneci calado, afinal estava acomedido de raiva, dentro de um onibus não era lugar para tamanho fuzue.

Horas mais trade chegamos em Ramos, desci na frente, sem olhar para tras, Samantha diz:

-Ei ta maluco, que ta havendo?

Virei com os dentes cerrados.

Olhei bem nos seus olhos:

-Maluco? Você conversa com aquele cara no celular como se fosse teu amante, se não for, ta me achando com cara de otario?

-O que? É meu amigo...

-Mulher não tem amigo, mulher não tem amigo homem, e sim uma amizade com tranza em potencial, e que bosta foi aquela de ficar arrepiada?!

-Para de ser grosso...

-Samantha para!

Por um momento ficamos em silencio, quando Samantha abriu um sorriso e disse:

-Então acha isso, a pessoa que estava falando acaba de atravessar a rua e vindo na minha direção.

Quando avistei a criatura abrindo os braços gritando:

-Piranhaaaa me da um abraço.

A criatura com franja e camisa rosa de calça jeans apertadissimo me vira:

-Amiga to boba com teu bofe. Que coisinha linda, me empresta nos finais de semana?

Samantha:- Não ta doido. rindo

Não sabia onde enfiar a cara, ele realmente tinha telefonado para ela, me mostrou em seu celular.

Yargo
Enviado por Yargo em 10/08/2010
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