Labirinto

Não sinto mais o amor. A última lágrima já secou a dor de meu peito o tempo já levou.

A saudade deu lugar à mágoa. O sonho, lugar a incerteza.

Em certos momentos senti-me presa a um labirinto, gritei e minha voz ecoou bravamente, tamanho era meu desespero, andei de um lado para o outro, em cada canto que eu chegava, era você quem eu queria encontrar, mas sua imagem que chegava era como miragem do deserto da solidão que se encontrava meu coração de sonhadora apaixonada.

Como gritei pelo seu nome pedindo socorro, mas você não me ouviu, virou-se e partiu, eu não era seu objetivo, meu amor não era significativo.

Disseste-me que eu era sua rainha, sua gatinha manhosa, meu sorriso e minha leveza de mulher o arrebatava, que somente uma aventura comigo não te completaria, que nosso amor seria um passeio contínuo pelo jardim suspenso da Babilônia, por todos os lados senti-me cercada, me rendi, me perdi...

Você voltou, não sei de seus motivos, não sei se o amor que um dia você falou existir gritou forte em seu peito, a saudade te fez retroceder... Pena... Tarde de mais.

Agonizei no deserto de minha angústia, procurei exaustivamente por saída, mas as forças me faltaram, sem seu amor que alimentava minha essência de vida, num canto daquele labirinto, cai, morri.

Hoje é exatamente assim que me sinto morta para o amor, desacreditada da paixão.

Talvez morrer tenha sido preciso, para que uma nova mulher renasça num paraíso.

Damiana Almeida
Enviado por Damiana Almeida em 12/08/2010
Reeditado em 12/08/2010
Código do texto: T2434063
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