Pergunta que eu respondo*

Estamos em setembro. Início? Meio? Fim?

A primavera está à espreita.

Fiquei por um tempo invernando (ou seria hibernando?)

Aliás, creio que desde o verão.

Mas desta vez a meteorologia acertou.

O inverno veio com tudo.

Única estação que aguardo.

As outras, inclusive aquelas por onde partimos ou chegamos de alguma forma estão sempre presentes e superlotadas de acenos.

Ficamos sem nenhum adeus, sem trocas de notícias, permitimos que apenas as equações preenchessem o nosso dia-a-dia. Chateações, alegrias e problemas alternando-se sem pedir licença.

O que aconteceu desde então?

Fizemos aniversários, comemos bolo e ganhamos abraços.

Você fez a viagem dos sonhos? Hum... Eu também não.

Nós assistimos aos mesmos filmes mil vezes.

Mamma Mia!!!

E alguns deles nem conseguimos alterar o final....

Se bem que muitas vezes eu torci pelo bandido.

(Por que será que alguns bandidos são tão mais charmosos que os mocinhos?)

Opa! Isto é normal e sabemos a resposta.

Enfim, não consegui desentortar a linha nem desfazer o nó.

Continuo entre a consciência e a inconsciência.

Nas fendas do meu chão não há verde. Apenas poeira. Temo o vento. Se for forte demais irá me provocar um sufocamento pelo pó.

Ah! Preciso te contar que o emocional nos leva para a cama. Bela companhia!!!

Nervos e músculos inflamam com a mesma proporção. Dói a alma.

Quando iremos retomar a inspiração dos deuses poetas?

O amor insiste. E como insiste.

Sei que vou abrir as janelas, só não sei ainda o momento exato.

Veja, aceitei todas as suas letras. E te agradeço por isto.

Vou à luta! Parcerias? (não podia terminar a carta sem esta pergunta)

*Em resposta à carta

"A resposta possível" da escritora Rose Stteffen